05 abril 2012

E agora para desanuviar

Lola Regenthal




Curiosity

Sempre ele e o seu palavrório

Assis e os truques florentinos




No mesmo dia em que o DN online anuncia que ontem, em reunião do Grupo Parlamentar, «o secretário-geral do PS afastou hoje a hipótese de os socialistas votarem contra o Tratado Orçamental da União Europeia» e um dia depois de Mário Soares ter escrito naquele jornal que se trata de «um tratado que os socialistas não podem ratificar»,  Francisco Assis escreve no Público que (sublinhado meu) « mesmo para quem, como é o meu caso, preconiza o apoio parlamentar ao tratado, não é irrelevante a natureza do discurso a produzir acerca do mesmo. É provável que os votos da direita e do PS confluam  no sentido da aprovação no sentido da aprovação do tratado europeu, mas é fundamental que se perceba que não é pelas mesmas razões que o fazem.»

Dá vontade de dizer que se trata de uma efabulação perfeitamente asisina, perdão, assissiana. E dá vontade de escrever que, quem sabe, assim terá sido sempre e que, de Maastricht à moeda única e da liberalização dos movimentos de capitais ao Tratado de Lisboa, os socialistas europeus sempre confluíram com a direita mas, claro, não pelas mesmas razões. Que as palavras e «razões» possam ser diferentes mas os factos e consequências sejam iguais, eis o que não importa a um florentino como Francisco Assis.


entretanto e felizmente


no Público online

04 abril 2012

Cortes de subsídios até 2014

Entre a manhã e a noite...




... mais um ano (2014) de corte
nos subsídios de férias e de Natal



.... e depois saberemos o resto !

Novos tratados europeus

Se não nos pomos a pau,
ainda nos apanham distraídos 


Diariamente submergidos por mais e mais ataques e agressões veiculados pela política do Governo, com temas de excepcional importância em cima da mesa como a retrógada revisão da legislação laboral, corremos o sério risco de não saber ou não dar importância (incluindo nos media) que é já na quinta-feira, dia 12 de Abril, que a Assembleia da República, sem qualquer discussão pública digna desse nome, discute dois projectos de Resolução visando a aprovação de dois novos tratados de âmbito europeu que são o mais descarado ataque a princípios basilares da soberania nacional e, por isso mesmo, ao submeterem a fiscalização prévia de instâncias estrangeiras decisões e orientações que constitucionalmente são da exclusiva competência dos órgãos de soberania nacionais, reputo de quase óbvia inconstitucionalidade. E, a mim, independentemente de conjecturas sobre a sua sorte ou destino, parece-me que é justificada e incontornável a exigência de um referendo sobre esta matéria

Parque Mayer - Feira Popular

Tanto tempo perdido
e tanta confusão armada

Quem quiser recordar alguns contornos essenciais desta história e ver quem andou bem e quem andou mal, é ler a segunda parte do curto artigo que publiquei no Público em 16 de Fevereiro de 2007.

03 abril 2012

Presidenciais francesas


Jean-Luc Melenchon volta a subir


Segundo a sondagem da IPSOS hoje publicada em França, o candidato do PCF e do PG (Parti de Gauche) volta a subir (mas Sarkozy, efeito Toulouse ?, também).

A «americanização» do PS

Uma curta informação



A pensar em todos os que se tenham conseguido interessar pela novela das alterações aos Estatutos do PS, informo que não tenciono comentar o assunto em detalhe, a não ser para escrever que me parece tratar-se de uma patente «americanização da sua vida interna (harmonização da eleição do líder com os calendários de legislativas [reforço do chamado
«regime de chanceler», não é Medeiros Ferreira ?], primárias para candidatos a deputados [meu Deus, será que o líder vai perder a sua «quota» ? ] e autarcas, etc).
Venho só informar para quem não saiba que no PCP apenas o Congresso pode alterar os Estatutos, que esta competência é indelegável e que é obrigatório que o tema conste não apenas da ordem de trabalhos aprovada em Congresso mas conste também dos temas indicados para o debate preparatório do Congresso em todas as organizações do Partido.

02 abril 2012

Dizem que são democratas-cristãos ...

Sabendo-se que os doentes gastam
menos, 
bem podem levar mais
um corte de 10 ou 5% no subsidio!
No Público online : «(...)De acordo com o jornal, no caso do subsídio por doença serão agora criados vários escalões, que começam em 55% da remuneração de referência para baixas inferiores a um mês e sobem para 60%, nos casos de baixa entre um mês e 90 dias.(...)»

Recordações

Mal «acomparado»


Podem crer, eu só suficientemente honesto para saber que, a diversos títulos, os assuntos ou casos não têm comparação possível. Mas, o que é que querem, ao ler esta manchete do Público hoje, lembrei-me tão automática quanto injustamente daquela vez há muitos e muitos anos em que, num intervalo de um qualquer colóquio internacional, um intelectual italiano nos contava  bem disposto um dos muitos exemplos do conúbio da Democracia Cristã com a Máfia na Sicília: nem mais nem menos, a construção de uma autoestrada que terminava subita e definitivamente numa ravina.