Se não nos pomos a pau,
ainda nos apanham distraídos
Diariamente submergidos por mais e mais ataques e agressões veiculados pela política do Governo, com temas de excepcional importância em cima da mesa como a retrógada revisão da legislação laboral, corremos o sério risco de não saber ou não dar importância (incluindo nos media) que é já na quinta-feira, dia 12 de Abril, que a Assembleia da República, sem qualquer discussão pública digna desse nome, discute dois projectos de Resolução visando a aprovação de dois novos tratados de âmbito europeu que são o mais descarado ataque a princípios basilares da soberania nacional e, por isso mesmo, ao submeterem a fiscalização prévia de instâncias estrangeiras decisões e orientações que constitucionalmente são da exclusiva competência dos órgãos de soberania nacionais, reputo de quase óbvia inconstitucionalidade. E, a mim, independentemente de conjecturas sobre a sua sorte ou destino, parece-me que é justificada e incontornável a exigência de um referendo sobre esta matéria