Como os leitores saberão, não sou nada dado, aqui nesta chafarica, a alinhar confissões de natureza pessoal. Abro apenas esta excepção para proveito dos que porventura tenham uma vida exclusivamente citadina, dizendo-lhes que sim, o campo é uma coisa linda para passear, desfrutar e gozar.
Mas não para trabalhar. É que ontem, numa insignificante área de 5 m2, estive três horas a arrancar mato (atenção ministra Cristas), a regar para depois poder cavar e finalmente semear umas três dúzias de alfaces, couves portuguesas e feijão verde (este exigindo uma armação feita com canas).
E hoje dói-me mais o corpo do que depois de qualquer das dezenas de noites eleitorais que já conto na vida. Azares e lições de vida para um intelectual (não confundir com membro das chamada «intiligentzia»), sexagenário e reformado.