05 março 2012

Espanha 2



Problemas e votos,
dois mundos diferentes





Sondagem Metroscopia para «El País» que entretanto, no plano das intenções de voto, dá o PP com 46,3%, o PSOE com 24,4% (menos 4 pontos que nas eleições) e a Esquerda Unida com 9,1% (mais 2,2 pontos que nas eleições).

Espanha 1


O cardeal Rouco deve ter suspirado:
«Ainda se fosse sobre o aborto»


De notar que o título na edição impressa é «Rouco se enfada com los obreros católicos».Aqui, no «El País» pode ainda ler-se que «Según HOAC y JOC, la reforma “supone un nuevo golpe al derecho laboral limitando su capacidad de frenar la creciente mercantilización y cosificación del trabajo humano. “Este Gobierno ha aprovechado el estado de quietud y miedo de la mayor parte de la ciudadanía para eliminar viejas conquistas laborales y aspiraciones conseguidas tras muchas luchas de tantas personas a lo largo de la historia”, añaden.
Las dos organizaciones de obreros católicos instan más tarde “a los partidos políticos a corregir y reorientar, en el proceso parlamentario, la reforma poniendo en el centro de la misma el trabajo decente y con derechos”. También animan “a participar en las iniciativas y movilizaciones que se convoquen por parte de las organizaciones eclesiales, sociales y sindicales”.
Entre los argumentos que esgrimen para calificar la reforma como “una vuelta de tuerca más para flexibilizar el mercado de trabajo”, destacan la “quiebra el derecho constitucional a la negociación colectiva y a la capacidad organizativa de los trabajadores”; el que “facilita y abarata la expulsión del mercado de trabajo porque quita trabas al despido por causas económicas; que rebaja la indemnización del improcedente y elimina la autorización administrativa para poder llevar a cabo los expedientes de regulación de empleo”; porque “abre el camino para ajustar los salarios a la productividad de forma que los trabajadores más débiles van a depender de la voluntad unilateral del empresario”, y porque “dificulta, cuando no impide o precariza, el empleo juvenil”.

04 março 2012

Fim de dia com


Amir ElSaffar



 

Para o seu domingo

Deer Tick  




Do novo álbum Divine Providence

O comício do PCP no «Público»

Zero, nada, nicles
Juro que folheei o jornal sete vezes mas, como sou míope, nunca se sabe. Com esta ressalva, aqui fica na imagem acima tudo o que o Público de hoje diz sobre o comício do 91º aniversário do PCP realizado ontem, numa edição em que há uma página inteira sobre o «roteiro do interior» de António José Seguro e ainda uma mesquinha breve de 12 linhas sobre declarações de F. Louçã. Por mim, só vejo duas explicações:
- a primeira é que o PCP cometeu no mesmo dia dois «crimes» imperdoáveis: ainda fazer comícios e fazer 91 anos de vida;
- a segunda é que na direcção e chefias do Público ainda estejam agarrados à celebre sentença dada há quase 21 anos por Miguel Sousa Tavares no Semanário (num célebre e tenso Agosto) de que «o PCP acabou e ainda bem».

Nenhum comentário, só uma pergunta

Para quando a privatização do ar ?



03 março 2012

Celebrando mais um aniversário do PCP

91 anos a fazer história

Extracto da intervenção de Jerónimo de Sousa,
 no comício hoje na Voz do Operário, em Lisboa

(...) Como em outras fases da luta do povo português, neste ano do seu 91º aniversário e de realização do seu XIX Congresso, o PCP marca a diferença.

É um partido com uma história ímpar. O partido da resistência anti-fascista, da liberdade e da democracia, o partido da Revolução de Abril e das suas conquistas. O partido sempre presente nos momentos de resistência, transformação e avanço.

É o partido da classe operária e de todos os trabalhadores, o partido da juventude. O partido com que os trabalhadores, a juventude, o povo sempre podem contar.

É um partido coerente. O partido da verdade, que não cede a pressões e chantagens, aprende com a vida e segue determinado na afirmação da sua identidade comunista.
É um partido com importantes valores éticos e morais. O partido cujos militantes deram provas sem paralelo de abnegação, recusando e combatendo favores e benefícios, dando o exemplo de dedicação ao serviço dos trabalhadores, do povo, do País, da causa da libertação dos trabalhadores e dos povos.

É o partido que alertou e preveniu, a partir das suas análises, para as consequências da política de direita, para as privatizações e a reconstituição do capitalismo monopolista e o seu domínio sobre a vida nacional. O partido que alertou para as consequências da integração e do rumo da CEE/UE, para o que significaria a adesão ao euro e todo o seu rasto de devastação económica e social, para o comprometimento da soberania nacional.

É o partido que contribuiu e contribui para construir uma vida digna e melhor. O partido cujos militantes no poder local e outras instituições, no movimento popular e aos mais diversos níveis agiram e agem para a resolução dos problemas dos trabalhadores e das populações, para a concretização das suas aspirações.

É o partido que promove a participação e a luta. O partido que alerta, esclarece, mobiliza e une, mostrando a força imensa da luta de massas para resistir e desgastar os ataques e retrocessos sociais e civilizacionais e para transformar a sociedade.

É o partido que organiza, que dá a oportunidade de juntar a opinião e a reflexão individual, à discussão e à decisão colectiva e a transforma em poderosa alavanca de intervenção e transformação.

É o partido que propõe soluções para os problemas que enfrentamos, que promove a rejeição do pacto de agressão, a ruptura com a política de direita e a exigência duma política patriótica e de esquerda, de um Portugal mais desenvolvido, mais justo e soberano.

É o partido portador de um projecto de futuro. O partido portador das soluções e do projecto alternativo, contra o capitalismo, pela democracia avançada, o socialismo e o comunismo.
O PCP, partido que intervém com uma confiança inabalável assente na sua história, no seu projecto e na sua força, é o partido a que vale a pena pertencer. É o Partido a que todos nós, militantes comunistas, temos o orgulho imenso de pertencer, assumindo hoje o legado que nos foi deixado por sucessivas gerações de comunistas e assumindo o compromisso de o legar assim – Partido Comunista, Revolucionário, Marxista-Leninista – às gerações futuras.
Aos que nos convidam a cair no pântano do conformismo e das inevitabilidades. Aos que proclamam que temos que saber viver sem direitos, a viver sem esperança, a viver sem luta, dizemos e reafirmamos: desiludam-se! Temos Partido não só para resistir, mas para avançar, que é portador daquela esperança que não fica à espera e que caldeada na luta concreta torna o sonho realidade, sempre, sempre com os trabalhadores e o povo.»

Pacheco Pereira nas "cerejas" ?

Sim, nesta altura, para mim,
tudo o que vem à rede é peixe




José Pacheco Pereira, hoje no Público

Porque hoje é sábado ( )

Mickey Newburry
(1940-2002)

A sugestão musical deste sábado
destaca o cantor norte-americano
Mickey Newbury, cujo último
álbum se intitula An American Trilogy.



02 março 2012

Outro «dia histórico» ?


Merda de excepção


Lido no Público online: «O novo Tratado orçamental acabou de ser assinado pelos líderes de 25 países da União Europeia (UE), que se comprometem assim com regras cada vez mais apertadas de disciplina orçamental, incluindo a “regra de ouro” que proíbe défices orçamentais superiores a 0,5% do PIB.
A assinatura, que decorreu numa cerimónia simples de apenas meia hora, precedeu o arranque do segundo e último dia da cimeira de líderes da UE, que deverá terminar ao fim da manhã.


As assinaturas foram inscritas num livro que circulou à volta da mesa e em que cada um dos líderes inscreveu o seu nome com canetas esferográficas de tinta azul absolutamente iguais fornecidas pelo Conselho da UE. A excepção foi o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, que assinou com a sua própria caneta de tinta preta.


Assinar, assinou mas