26 fevereiro 2012
25 fevereiro 2012
"Crysis y suicidios" em « El País»
As sábias palavras
de Samir Naïr
de Samir Naïr
(...) Sabemos que la crisis actual es del mismo o quizá peor tamaño que la de 1929. Sus efectos se pueden medir cuantitativamente en número de parados, empleos precarios, bajada de sueldos, aumento de la competitividad entre los asalariados que sufren el chantaje al empleo. También sabemos los efectos colaterales sobre el medio ambiente (primera partida presupuestaria suprimida o drásticamente reducida por todos los poderes políticos europeos desde 2008), la reducción de inversión en todo lo que mantiene un vínculo social digno (sanidad, educación, vivienda, etcétera).
Pero lo que se mide más difícilmente y sin embargo está directamente ligado a la crisis, es la dimensión subjetiva, humana, psicológica, de la crisis sobre los seres humanos. Ya en los años treinta, el gran sociólogo austriaco Paul Hartzfeld publicó una investigación, Los parados de Marienstrasse, que ha quedado como una obra maestra sobre los daños del paro en la identidad personal del parado. Sus características son invariables: el paro de larga duración provoca el desprecio de uno mismo, la distancia respecto a (y a menudo de parte de) los demás, la devaluación del estatus en el seno de la familia, la pérdida de confianza y el debilitamiento en la competición social, la aceptación cada vez más resignada de la degradación de las condiciones de vida. Lo más importante es el sentimiento de derelicción, esto es, de desamparo, abandono, inutilidad social, que invade al ser humano así humillado. Lo más duro es el despertar diario sin nada que hacer; el vivir otro día más el fracaso social, no ver el fin del túnel, el fin del ser nada. Lo más indigno es pedir ayuda, cobrar el paro, cuando uno quiere trabajar. (...)»
(Crónica completa aqui)
Mais notícias
E o vento não cala a desgraça
Não é preciso acrescentar muito mais molho a esta manchete do DN de hoje. Só explicar que estes dados não abrangem os jovens com trabalho independente ou a recibo verde. Se abrangessem, estou convencido de que ainda seriam piores porque estes, com a retenção de 20% de IRS que sofrem e as astronómica contribuição para a segurança social a que estão vinculados, só levam para quase cerca de metade do valor que consta do seu recibo.
A ver com atenção
Sondagem sobre o aborto em Espanha
Tem interesse esta sondagem (imagem infelizmente aqui pouco legível) publicada no «El País» e suscitada pela recente e desavergonhada proposta do PP de voltar à legislação antiga. O jornal espanhol titula «divididos ante el aborto» mas repare-se que numa coisa praticamente a divisão é ínfima: é que 75% dos inquiridos considera que a mulher «deve ter o direito a decidir livremente se quer prosseguir ou não com a sua gravidez sem que por isso possam ser objecto de sanção alguma».
Não me passa pela cabeça menorizar a gravidade das concepções que estão por detrás desta proposta do governo do PP (em serviço obediente à Igreja espanhola). Mas, se alguma coisa percebo do tema, para além disso, creio que o grande propósito do governo do PP é expulsar a interrupção voluntária da gravidez dos serviços públicos de saúde pois toda a gente sabe que, em Espanha, as clínicas privadas sempre adoptaram uma entendimento muito liberal e facilitador quanto às razões psíquicas ou riscos para a saúde mental das mulheres.
Recorde do descaramento
No pelotão da frente, sempre !
Estas são as previsões de crescimento ou recessão recentemente divulgadas no «El País». Pois eu juro-vos que ainda há dias ouvi na TSF um funcionário da troika a declarar em puríssimo inglês que, quanto a Portugal, não havia qualquer relação entre as políticas de austeridade e a recessão económica.
Porque hoje é sábado ( )
Mirel Wagner
A sugestão musical de hoje destaca a cantora
finladesa-etíope Mirel Wagner,
cujo primeiro álbum se intitula No Death.
finladesa-etíope Mirel Wagner,
cujo primeiro álbum se intitula No Death.
24 fevereiro 2012
Fundos de pensões da banca ou...
... a abstenção como
forma de vida do PS
forma de vida do PS
Embora pela imprensa pareça que ontem não aconteceu nada na AR, a verdade é que ontem foi lá discutida a iniciativa do PCP de apreciação parlamentar do Decreto-Lei n.º 127/2011, de 31 de Dez, que "procede à transmissão para o Estado das responsabilidades com pensões previstas no regime de seg. social substitutivo constante de instrumento de regulamentação coletiva . de trabalho vigente no sector bancário». Os que se dispuserem a ler a intervenção de Honório Novo não só ficarão mais habilitados a perceber o desastroso alcance desta operação como ficarão mais preparados para quando, daqui por uns anos, se falar muito do peso das reformas dos bancários sobre as despesas da Sewgurança Social. Acrescente-se que já esta manhã, o PS se absteve. Também não admira, deve estar mais preocupado com o «obrigar os espiões a declarar se são maçons» (manchete do DN), reconhecidamente um momentoso problema para o país e para o partido mais maçónico de Portugal (a Opus Dei fica de fora ?) que se reporta a declarações cuja verdade será sempre inverificável, além do mais porque, e muito bem, nenhum tipo de associação é obrigada a revelar os nomes dos seus membros.
Juan José Millás em «El País»
sobre as variações semânticas em
torno das contra-reformas laborais
torno das contra-reformas laborais
Sob o título Retórica : «Si en los días anteriores a la consumación de la reforma laboral Rajoy predicaba de ella que sería amplia, profunda y equilibrada, una vez perpetrada ha dado en calificarla de justa, buena y necesaria. La tríada adjetival es la vaselina destinada a reducir los desgarros que la violación ha comenzado a provocar en el cuerpo social. ¿Que por qué siempre tres adjetivos y no uno o dos? Por una cuestión de ritmo, desde luego, pero también por un problema de carácter técnico con la verdad. Si hubiera afirmado de la reforma que era justa, y solo justa, siendo tan obvio su desafuero, éste habría resultado aún más evidente. Podría haber dicho solo que era buena, pero quizá se habría puesto rojo de vergüenza ante una mentira tan palmaria. De haberse quedado en que era necesaria, muchos nos habríamos preguntado para quién. Recitando que era justa, buena y necesaria construía una letanía en la que lo que se escuchaba, más que su significado, era su sonido, su cadencia, su música (su sonido, su cadencia, su música, ¿verdad que suena bien?). Pura trampa retórica al servicio de ocultar la basura. Observen la diferencia con De Guindos [ministro das Finanças] cuando se limitó a calificarla de extremadamente agresiva. Frente a la verdad, la retórica desaparece. Nada de tríadas que pudieran confundir o despistar. Podría haber dicho que era extremadamente agresiva, extremadamente belicosa y extremadamente pendenciera, pero la carga adjetival habría puesto en guardia a su interlocutor (¿de qué me quiere convencer?). Algo extremadamente agresivo es algo extremadamente agresivo y punto, al modo en que un cuchillo corta o no corta. Reparen también en el ejemplo de Rosell, el jefe de la patronal, cuando le dijo a su segundo que se aguantara la risa ante las cámaras. No le dijo aguántate la risa, reprime la alegría y disimula el contento. Entendemos por qué.»
A propósito de um voto
Declaração para a acta
Para os devidos efeitos e por razões de transparência, aqui declaro que lido mal, sinto-me dividido ou tenho dúvidas e reservas em relação à adopção de crianças por casais homosexuais.
Esta minha honesta e sincera confissão, em que podem certamente pesar razões culturais e geracionais, é certamente um escândalo para todos aqueles que hoje acham que todos temos de ter opiniões firmes e claras sobre tudo e mais alguma coisa e que manifestamente não têm por opiniões diferentes o respeito que eu por elas procuro manifestar.
E, por causa de algumas confusões circulantes, é bom lembrar que, nesta matéria, os únicos sujeitos de direitos são as crianças (a ter uma família) não existindo para os cidadãos em geral qualquer direito à adopção.
E, por causa de algumas confusões circulantes, é bom lembrar que, nesta matéria, os únicos sujeitos de direitos são as crianças (a ter uma família) não existindo para os cidadãos em geral qualquer direito à adopção.
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