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22 dezembro 2011
21 dezembro 2011
Novas da cruzada pelo federalismo
Uma proposta para
Paulo Rangel levar ao PSD
Paulo Rangel levar ao PSD
Em artigo de opinião no Público de ontem, Paulo Rangel, deputado do PSD ao PE, prosseguia a sua litania sobre o fim das soberanias nacionais e a excelência do federalismo europeu, salientando designadamente: «Ora, esta insistência na vontade democrática dos povos, apurada unicamente no quadro das fronteiras estatais, em que cada povo se toma por soberano, está largamente desajustada da realidade política global dos nossos dias (...)Num universo político com estas feições, o peso e o sentido do voto dos cidadãos - do voto de um povo - no quadro da sua colectividade estatal, perdeu efectividade, perdeu relevância, perdeu poder.(...)».
Não, não e não, desta vez não venho lembrar como seriam excelentes os pináculos federalistas em que a mais pequena transformação progressista em cada país da UE ficaria dependente da simultânea vontade eleitoral de mais de metade de 500 milhões de eleitores. Nem venho manifestar a esperança que alguns só voltem a descobrir o gravíssimo problema da distância entre os cidadãos e os centros europeus de poder efectivo quando proximamente Marine Le Pen tiver entre 15 e 2o% nas próximas presidenciais francesas.
Não, nada disso. Venho só sugerir que Paulo Rangel seja coerente até ao fim e se bata com denodo para que estas suas ideias, e todas as suas consequências, venham a ser o núcleo central do discurso e da campanha eleitoral do PSD em próximas eleições legislativas.
É que me estava a apetecer assistir a um funeral eleitoral assim.
De novo Rui Tavares
O império da ligeireza
Na sua crónica no Público de hoje, Rui Tavares, escreve a dado passo (sublinhados meus): «Aqui chegámos, pois. Mas ainda há poucos meses, com uma maioria de esquerda no Parlamento e meio mandato para cumprir, não houve um partido de esquerda que tenha decidido dizer aos outros partidos de esquerda ao menos isto : "Meus caros, há diferenças enormes entre nós, mas numa coisa podemos concordar: não queremos Portugal nas mãos da troika. Proponho uma coisa muito simples, que nenhum Merkozy pode impedir : vamos falar diretamente com os credores".
Face a esta tirada nada ponderada, e deixando de lado o rigor daquela referência à «maioria de esquerda», observemos então os factos passados:
1. Tanto o PCP e o BE, quer na pré-campanha quer na última campanha eleitoral, pronunciaram- se claramente contra a vinda da troika e defenderam a renegociação da dívida;
2. Neste contexto, devia saltar à vista de toda a gente de boa-fé que essa renegociação era e só podia ser com os credores;
3. Mesmo que PCP e BE tivessem explicitado, como só agora sugere Rui Tavares, que a renegociação era directamente com os credores não se vê em que é que isso teria comovido ou demovido um PS absolutamente virado para a troika e primeiro interlocutor desta.
Lamento dizê-lo a respeito de uma pessoa como Rui Tavares mas uma prosa assim não pode deixar de me parecer uma daqueles exercícios de conveniente mas lamentável equidistância entre os verdadeiros responsáveis e os que o não foram.
Mais um adequado fundo negro
Para aqui, deviam era
terem ido vestidos de cangalheiros
terem ido vestidos de cangalheiros
Como ninguém me é capaz de explicar o que é que estas medidas («a nova lei afectará todos os actuais trabalhadores», diz o Público) têm que ver com a redução do défice ou com o pagamento da dívida, volto a insistir sem qualquer hesitação que o défice e a dívida estão servindo de protecção e cobertura para um desavergonhado e rancoroso ajuste de contas com os direitos dos trabalhadores, para um espantoso ainda maior desiquílibrio nas relações entre capital e trabalho e para um brutal reforço da exploração. Esses sim são os os verdadeiros nomes da coisa.
20 dezembro 2011
19 dezembro 2011
Quem vê fatos ...
... não vê políticas !
Como, sabe-se lá porquê, se tornou tradição, os ministros reuniram ontem todos vestidos mais ou menos em estilo negligé. Mas mal andariam todos os que negligenciaram as malfeitorias que estiveram a alinhar para 2010. A péssima qualidade desta imagem não o permite perceber mas a imagem publicada na edição impressa do Público mostra que a única ministra ou ministro que estabeleceu algum contacto connosco foi a da Justiça que foi apanhada tolhida pelo frio.
18 dezembro 2011
Francamente...
... é preciso lata !
Estamos, talvez sem grande surpresa, nesta espapanante farsa: o secretário-geral do partido que se absteve no último Orçamento de Estado (para 2012 e de gravosa austeridade e recessão) desafia o primeiro-ministro a «pôr fim à austeridade» e a tomar medidas para o crescimento económico e o emprego. É pois tempo de dizer cruamente que há forças políticas e centenas de milhares de cidadãos que têm legitimidade política para lançar semelhante desafio ao primeiro-ministro. Mas nunca por nunca ser o PS e António José Seguro. A não ser que, aquando da discussão e aprovação do memorandum de entendimennto com a troika, não tivessem assistido a nenhum dos inúmeros debates televisivos em que nenhum economista de qualquer orientação jamais contestou que tal memorandum era de agravamento da austeridade e contrariava o crescimento económico e a criação de emprego, provocando recessão e aumento do desemprego. A não ser que, na época, António José Seguro tivesse ido em excursão à Lua ou estivesse a escalar o Everest.
17 dezembro 2011
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