13 outubro 2011

"Direitos adquiridos" à moda do governo e da UGT

Quanto mais anos de trabalho,
menor a indemnização por despedimento !




Como já escrevi diversas vezes sobre este assunto, desejo agora salientar apenas o seguinte:

- que, no acordo com a troika, a formulação usada a este respeito, já era de um inexcedível cinismo pois juntava o vinagre com a azeite ao pretender reduzir claramente as indemnizações por despedimento e, ao mesmo tempo, invocava «o respeito pelos direitos adquiridos»;

-  que é perfeitamente repugnante que, a avaliar pelo que diz o Público, quer o governo quer a UGT entendam que os direitos adquiridos estão a ser respeitados só porque aos trabalhadores até 12 de serviço se aplicará a regra actual de um més de indemnização por cada ano de antiguidade;

- que é preciso estar de cabeça perdida e de alma vendida para se achar que há um módico de senso, de lógica, de razão e de justiça em que um trabalhador que fôr despedido com 35 anos de serviço receba de indemnização os mesmos 12 meses de remuneração que um trabalhador com 12 anos de antiguidade.

12 outubro 2011

Gaffes na política

Um pequeno engano de dois séculos !

Há sempre alguma coisa que nos reconduz às devidas proporções e nos faz reconhecer que somos demasiados exigentes com os nossos compatriotas. Quando, conforme vídeo abaixo, Rick Perry, candidato a candidato presidencial pelo Partido Republicano nos EUA, situa a Revolução Americana no século XVI em vez de no Século XVIII, talvez devamos admitir que foram exagerados os risinhos que , há uns bons anos, por cá soltámos aquando da questão de quantos Cantos têm os Lusíadas e de não sei quê sobre violinos e Chopin.



11 outubro 2011

Imodéstia à parte...


... eu bem tinha avisado

post de 16 de Setembro de 2011

Está tudo certo !

PS = 0,001% de oposição !


Em "The Nation"

Top ten songs about class

Na revista norte-americana The Nation, em óbvia sintonia com as movimentações sociais naquele país e naturalmente segundo crítérios americanos,   Peter Rotherberg   selecciona as suas «top ten songs about class».





As restantes oito estão aqui.

10 outubro 2011

A ler, a benefício da memória histórica

Porque estorba la memóriade Gerardo Iglésias


O ex-secretário-geral do PCE e fundador e primeiro coordenador da Esquerda Unida, Gerardo Iglésias , acaba de publicar uma obra intitulada Por quê Estorba a Memoria com 22 histórias verdadeiras ocorridas no quadro repressão e guerrilha nas Astúrias entre 1937 e 1952. O epílogo do livro pode ser lido aqui em «os papéis de alexandria». El País. De forma abreviada algumas histórias constam desta peça de El País.

09 outubro 2011

Jazz em torno de Guinga e Chico Buarque

António Adolfo e a sua banda



Com Carol Saboya como vocalista


Chora Baião



Você e Eu


Até ao último minuto

Jardim e a sua
«querença natural»


No Público online pode ler-se mais esta maravilha sobre a «democracia» madeirense :

presidente do governo regional da Madeira, Alberto João Jardim, considerou “normal” o transporte de eleitores em viaturas de organismo públicos, acompanhados por autarcas sociais-democratas. “Aqui foi sempre assim”, reconheceu o também líder do PSD, justificando esta disponibilidade com a dispersão populacional.
E na edição impressa do Público pode ler-se que funcionários regionais começaram às 22 hs (!!!) de sexta-feira a retirar das ruas toda a propaganda dos partidos alegadamente por causa do «dia de reflexão». Ora acontece que, nunca em Portugal, desde as primeiras eleições livres, o respeito pelo «dia de reflexão» (e pelo dia de votação) implicou a retirada da propaganda afixada, salvo aquela que está colocada a uma distância das assembleias de voto que está fixada na lei.

A este último aspecto, a maioria dos cidadãos já encolherá os ombros por cansaço e desfastio. Mas, à beira do encerramento das urnas,  eu faço questão de, para usar linguagem tauromáquica e bovina que mais estes dois aspectos ilegais e arbitrários fazem parte da «querença natural» de Alberto João Jardim.

Para começar o seu domingo

Sete canções dos Ladytron

THE NEW ALBUM OF THE BAND OF LIVERPOOL 

08 outubro 2011

Quem os viu e quem os vê

Com direito a foto, ora toma !


No «cinco dias», Nuno Ramos de Almeida assinou ontem um post cuja parte essencial considero merecer a maior divulgação. Reza assim: «(...)Há dias tive o privilégio de ouvir na rádio o professor Augusto Mateus, ministro da Economia de António Guterres, a falar sobre a reforma do Sistema Nacional de Saúde. O especialista que justificou a construção do Aeroporto de Beja, em estudo pago no tempo do governo Sócrates, para ser utilizado como plataforma para distribuição de géneros frescos, vem propor uma medida salvífica para a saúde. Os médicos devem ser responsabilizados pelos meios de diagnóstico que pedem e, eventualmente, ganhar à percentagem das poupanças que induzem. Em vez de começarem “a inventar” e pedir TACs para doentes que parecem ter cancro, passam a fazer contas ao preço das coisas e só marcam esses exames caros se tiverem uma certeza absoluta. Uma decisão que se espera temperada com o prémio que vão perder. Os doentes mortos seriam uma espécie de vítimas colaterais nesta guerra virtuosa para cortar nas despesas do SNS. Para os génios que nos trouxeram até aqui, os valores da preservação da vida humana, o acesso igualitário aos cuidados de saúde e até o preço social a pagar pelas vítimas dessa medida são um pequeno preço para ter uma saúde como a economia neoliberal manda.»

O post de N.R.A., como se pode ver, diz o essencial e até acaba por ser relativamente sereno e elegante. Mas eu, num caso destes e estando em causa quem está, ou seja Augusto Mateus, não me apetece ser sereno nem elegante. E, por isso, só acrescento duas coisas:

- a primeira, com a expressa ressalva de que isto não envolve nernhuma generalização sobre pessoas, é que, sendo correcta a descrição de NRA, dói e indigna sempre mais especialmente ver barbaridades destas  a ser debitadas  por pessoas extraordináriamente «radicais» e «revolucionárias» nos idos de 1973/74/75, em relação a algumas das quais não esqueço o tempo, as palavras e a energia que me fizeram perder em discussões e debates em que me tomavam e tratavam como  um «reformista» ou «revisionista»;

- a segunda é que estou certo, e é isso que é humanamente compreensível, que o Prof. Augusto Mateus, ao primeiro susto ou suspeita, irá ao privado fazer e pagar o TAC que o tranquilize (assim o desejo).