Faleceu a camarada
Celeste Caeiro
Nota do PCP aqui
Aquilo de que
Ricardo Leão nunca fala
«Reconheço que as afirmações que
proferi foram um momento menos feliz.»
Ricardo Leão em artigo
hoje no «Público»
Em onze parágrafos de texto a frase acima representa a unica menção de tom autocrítico constante do artigo de opinião em causa. Mas é caso para dizer que é curto, muito curto, embora represente a sua continuada tentativa de escamotear o que verdadeiramente está na origem da polémica que se seguiu ao acontecido na Câmara de Loures.
Porque a verdade é que o escândalo e indignação não rebentaram apenas por causa do «sem dó nem piedade» de Ricardo Leão. Muito mais importante e muito mais grave do que isso foi aquilo de que, desde há semanas, o Presidente da Câmara de Loures não fala: a saber, que ele próprio mais os eleitos do PS e (a não esquecer) do PSD aprovaram uma proposta do Chega no sentido de alterar o regulamento de habitação municipal para que fossem despejados os autores de violência ou desacatos, o que além de ilegal é desumano porque os incriminados ou julgados podem pela certa ter ascendentes ou descendentes (inocentes!) a viver na sua casa.
É disto que, nas suas já frequentes explicações, Ricardo Leão nunca fala. Mas é isto que é grave, intolerável e é preciso lembrar.
Adenda repescando uma notícia de 8 de Novembro:
Também a Iniciativa Liberal
«Assembleia Municipal de Loures chumbou proposta da CDU para revogar a recomendação do Chega sobre despejos de habitações municipais, aprovada com os votos de PS e PSD. IL juntou-se no voto contra.»Lusa
Delito de opinião
em H0llywood
Susan Sarandon lamenta o cancelamento que sofreu por parte de Hollywood
Neste momento, teme nunca mais trabalhar num filme de Hollywood, principalmente depois dos seus comentários a favor da Palestina, em Novembro de 2023: “Os meus projectos foram cancelados”, afirmou ao jornal britânico TheTimes numa entrevista publicada no domingo.
A actriz de 78 anos foi dispensada pela sua agência de talentos depois de, num comício em Nova Iorque de apoio à causa palestiniana, ter observado que “há muita gente que tem medo, que tem medo de ser judeu nesta altura».
(Público)
Casamento de
raparigas aos 9 anos
Uma exposição
que os progressistas
não devem perder
A exposição, co-organizada pelo Museu Nacional de Etnologia (Museus e Monumentos de Portugal, E.P.E.) e o Centro de Estudos Sobre África e do Desenvolvimento (Instituto Superior de Economia e Gestão, UL), realiza-se no contexto da prioridade que o Museu confere ao estudo de proveniência das suas coleções extraeuropeias e da reflexão sobre o contexto colonial em que o museu foi fundado e procedeu à recolha das suas primeiras coleções, procurando o envolvimento do público e das comunidades na valorização e divulgação das suas próprias culturas.
Concebida e coordenada pela historiadora Isabel Castro Henriques, a exposição visa apresentar as linhas de força do colonialismo português em África nos séculos XIX e XX. Tem como objetivos desconstruir os mitos criados pela ideologia colonial, descolonizar os imaginários portugueses e contribuir, de forma pedagógica e acessível, para uma renovação do conhecimento sobre a questão colonial portuguesa.»