14 maio 2025

A voz dos arquivos

Há 12 anos

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GAZA

 

Um bloqueio mortal



«Israel mantém o bloqueio desde 2 de março, alegando a necessidade de pressionar o Hamas a libertar os reféns . De acordo com o porta-voz do governo israelense, David Mencer, o Hamas estaria desviando ajuda humanitária. No entanto, os trabalhadores humanitários insistem que esse não é o caso, pois as distribuições são rigorosamente monitoradas. Grupos de direitos humanos chamam o bloqueio de "tática de fome ", dizendo que é um potencial crime de guerra .

O impacto humanitário já é considerável, com mais de 10.000 crianças internadas em hospitais por desnutrição aguda desde janeiro, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a UNICEF, os casos aumentaram 80% em março em comparação ao mês anterior. Quase metade dos 200 centros de nutrição na Faixa de Gaza fecharam devido a bombardeios e deslocamentos.» (notícia em slate,fr)

11 maio 2025

JAZZ PARA O SEU DOMINGO

Nnenna Freelon

Indignação

Porque não um voto
 essencialmente motivado
 pela Palestina ?

José Pacheco Pereira no «Público» de ontem

«Acho que nunca escrevi um artigo em estado de maior indnigação. O que se passa em Gaza e no território da Autoridade Palestiniana convoca não só a política, a geopolítica, .as relações de forças entre Estados, o mundo do “Ocidente” e do Oriente, todos os conflitos em curso, o “Sul global”, o papel das Nações Unidas, mesmo o direito internacional, convoca tudo o que quiserem, mas tudo está abaixo de um repto moral, de uma obrigação de falar, de um dever de protestar e actuar perante um massacre cruel, diante dos nossos olhos, de um povo, o palestiniano. Só conheço uma comparação para esta indiferença, vergonhosa e também, ao mesmo tempo, a mais certeira e, num certo sentido, a mais diabólica: o encolher de ombros de todos os que sabiam que o Holocausto estava em curso –​ e havia muitos altos responsáveis entre os inimigos dos alemães que sabiam – e nada fizeram. (...)

No entretanto, todos os dias se mata gente inocente, crianças, mulheres, velhos, sem sequer qualquer racionalidade militar que não seja destruir, matar ou atirar para fora da sua terra milhões de pessoas, para depois terraplanar as ruínas e lá instalar colonos israelitas, os mesmos que andam também a matar palestinianos nas terras da Autoridade Palestiniana, a base eleitoral dos partidos da extrema-direita que estão no governo de Bibi.(...)

E, já agora, não convinha perguntar, em plenas eleições, algo de verdadeiramente importante ao PS, ao PSD, ao CDS, ao Chega, por aí adiante, se, chegando ao Governo, estão dispostos a reconhecer o Estado palestiniano, estão dispostos a impor sanções a Israel e a usar todos os meios ao dispor de um Estado da União Europeia para punir os criminosos? E, para além disso, o que é que eles acham do que se está a passar com as crueldades de Israel em Gaza?

As respostas seriam até uma razão bem mais sólida e moral para decidir o voto.»


Ganhando embalagem para a 2ª semana

É já este domingo !

10 maio 2025

O vale tudo

Montenegro, Fátima
 e a falta de vergonha

«O líder da AD estava em Fátima, quando o novo Papa foi anunciado. Um “acaso” curioso: é verdade que na história da Igreja Católica já houve um conclave, no século XIII, que durou dois anos. Ultimamente há fumo branco ao segundo dia.

Mas associar-se à inspiração do Espírito Santo que levou os cardeais a eleger Leão XIV não foi suficiente para Montenegro. Esta sexta-feira, fugiu do programa oficial para ir ter com a mulher que estava, em conjunto com um grupo de peregrinos, na praia de Mira, a caminho de Fátima para o 13 de Maio. Tudo seria natural (querer ver a mulher de quem tem saudades, já que a vida na campanha é dura) se Montenegro não tivesse chamado as televisões para registarem o momento de união do candidato com a mulher peregrina.» Ana Sá Lopes ni «Público».

Porque hoje é sábado ( )

Katie Gavin

09 maio 2025

Há 80 anos

9 de Maio de 1945,
 um feito imorredouro: 
a derrota do nazi-fascismo

A foto que tornou inquestionável que os soviéticos
foram os primeiros a chegar a Berlim

O marechal Georgiu Júkov no desfile da vitória
 em Moscovo em 24 de Junho de 1945

Há cinco anos

07 maio 2025

Uma Europa cumplice do genocidio

Vergonha,
máxima vergonha !

Serão deportados 2 milhóes de palestinos/GAZA, Netanyahu prepara a solução final. Silêncio da Europa

05 maio 2025

Eles não mudaram

Em 18 de Maio
 lembrem-se deste

E, já agora, lembre-se também que Luis Montenegro foi o lider parlamentar do PSD no tempo da troika, ou seja defendeu todas as malfeitorias do governo de Passos.

Hibernação

Há quatro anos

02 maio 2025

A vertigem reacionária

 Trump decide isto ...

... mas os americanos
pensam isto

43% dos americanos dizem que a NPR e a PBS devem continuar a receber fundos federais, 24% acha que devem acabar e 33% não têm opinião.

mas há mais políticas em que Trump não tem um apoio maioritário

59% não aprovam a performance de Trump em matéria do seu trabalho e nas tarifas e 55% não aprovam os cortes em agências e departamentos governamentais.

Classificações médias de aprovação de trabalho no primeiro trimestre dos presidentes eleitos depois da II Guerra Mundial

01 maio 2025

Os anos 50 dos EUA voltaram

Um truque que
convem muito a Israel


Joseph McCarthy:
Então- O SUSTO VERMELHO
TODOS os simpatizantes da União Soviética  -
SÃO PERIGOSOS COMUNISTAS
Donald Trump:
Agora - O SUSTO vermelho, negro, branco e verde
TODOS os simpatizantes de GAZA
SÃO PERIGOSOS ANTISEMITAS

Travar o desvario

Contra o
rearmamento

Manuel Loff no «Público» de 30/4

(...) O Governo já formalizou junto do Conselho da União Europeia a intenção de “ativar a cláusula de escape nacional para aumentar o investimento no sector da defesa até 1,5% do PIB” (PÚBLICO, 29/4/2025). Dinheiro não vai faltar para o rearmamento. Como ele não cai do céu (como tantas vezes Passos e Costa nos gostavam de recordar), é revelador que o PS e a AD se preocupem em jurar que “o investimento não porá em causa o Estado Social e deve ter um efeito multiplicador do crescimento”. A AD quer “alcançar pelo menos 2% do PIB” antes de 2029 (o Chega tem mais pressa: até ao fim de 2026), o que significa duplicar o gasto atual.

O PS jura o mesmo (“aumentar o investimento em Defesa não pode significar enfraquecer o Estado Social”) e fá-lo porque o secretário-geral da NATO foi muito claro ao dizer no Parlamento Europeu que era exatamente o contrário  que era preciso fazer.[ver título do jornal norte-americano «Politico» na Adenda em baixo.]De tanto medo em se comprometer, o PS omite qualquer meta quantitativa porque “estas despesas, que Portugal deverá assumir no quadro das suas alianças internacionais” – como na troika, as alianças têm prioridade sobre a soberania popular na decisão sobre onde gastar os nossos recursos – “terão regras próprias no quadro da UE” pelo que “não é considerada no presente exercício, pela sua excecionalidade e imprevisibilidade.”  (...)

Neste clima de duplicidade moral no qual se levou ao extremo retórico o “Mal Absoluto” que Putin representa, enquanto o genocídio que Israel está a perpetrar em Gaza continua a ser descrito como um “conflito” com o Hamas, não é, pelos vistos, fácil ser-se claro sobre o que significa o rearmamento europeu. Essa vontade de Bruxelas de “preparar-se” para a guerra “para unir e estabelecer autoridade – inclusive através da construção de um inimigo – é um truque antigo” sustentado em “discursos simplistas e maniqueístas — marcados por uma russofobia circunstancial” (Anne-Cécile Robert, Le Monde Diplomatique – edição portuguesa, abril 202) Entre nós, só a CDU (e, em concreto, o PCP) fala explicitamente de “militarização da UE” e “escalada armamentista” e lembra que se prepara um “inaceitável desvio de vastos recursos, sistematicamente negados para resolver os problemas dos trabalhadores e do povo, para despesas militares e para a guerra”.

Adenda :
Titulo no jornal norte-americano «Politico»