19 fevereiro 2025

Contra o tsunami do militarismo

"Guerra e paz"

Manuel Loff no «Público» de 19/2

«(,,,) A discussão sobre a necessidade de nos armarmos até aos dentes vai muito para lá do velho argumento da guerra como “política por outros meios” (von Clausewitz, 1832) e de todo o argumentário que, consoante as gerações e os contextos, justificou a corrida ao armamento com a ameaça soviética, depois a iraquiana, a norte-coreana, a islamista, agora a russa – e estamos à espera de que se justifique com a ameaça norte-americana a territórios UE como a Gronelândia, já agora. A securitização é, em si mesma, uma forma de regime (político, económico, social), baseado na velha tese autoritária de que nenhuma forma de liberdade e nenhum direito (individual, social) podem ser usufruídos sem que primeiro se garanta a segurança – isto é, nunca. É fundamentalmente o modelo israelita de sociedade. A ordem social e política securitária alimenta-se não apenas da sucessão de “ameaças” externas, mas também da identificação obsessiva de inimigos internos (a contestação social e política descrita como subversão e crime, os movimentos sociais e as greves como “desordem”, as minorias étnicas e religiosas como ameaças ao “nosso modo de vida”, os migrantes como “invasores”, a diversidade de modelos de vida como “ataque à família”).
Por uma via ou pela outra, o securitarismo reforça sempre este impulso autoritário que, como bem se vê desde o 11 de Setembro de 2001, tem avançado pelo planeta inteiro, mas muito particularmente pelo Ocidente, que tão arrogantemente justifica tudo quanto faz como defesa da democracia mas em cujas maiores potências se instala um autoritarismo e uma hipervigilância que associa imbricadamente Estado, as Big Tech e o complexo militar-industrial. (,,,) »

Como é sabido, ganhamos mais que os espanhois

 Escandaloso !


manchete do "JN"

18 fevereiro 2025

O frenesim da dupla Trump-Musk


Despedimentos
em massa nos EUA



Trump e Musk despediram trabalhadores que guardam armas nucleares... e voltaram atrás

«A Administração de Donald Trump despediu cerca de 300 funcionários da agência federal responsável pela segurança e desenvolvimento das armas nucleares norte-americanas, provavelmente sem compreender qual o seu papel, e viu-se forçada a readmiti-los logo a seguir. Mas está a ser complicado recuperar as pessoas despedidas, porque os telefones e endereços de correio electrónico foram desactivados imediatamente, alguns ainda mesmo antes de as pessoas terem sido dispensadas – logo, a agência não consegue contactar com elas.

Os processos de rescisão em massa na função pública federal norte-americana, desencadeados pela análise da equipa do milionário Elon Musk, estão a processar-se a uma velocidade relâmpago, e atingem pessoal altamente qualificado. Estão a tornar-se uma razia entre jovens investigadores, decapitando toda uma geração de líderes e cientistas da saúde pública, diz o New York Times.

Só na área da saúde pública, durante todo o fim-de-semana passado, os avisos de despedimento choveram nos e-mails dos cientistas, médicos e outros profissionais ligados aos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) e aos Centros de Controlo e Prevenção das Doenças dos Estados Unidos (CDC), no Departamento de Saúde e na Agência de Controlo dos Alimentos e Medicamentos (FDA), relata o New York Times.
Só nos NIH, a maior instituição financiadora de investigação de biomedicina do mundo, pelo menos 1200 pessoas foram despedidas. (...)» (Público)

14 fevereiro 2025

Claro, a França tem um deficit de 6%

 Macron
acordou tardíssimo !

Dans le "Financial Times", Macron juge "caduque" la sacro-sainte règle de l'Union européenne du déficit à 3 %
(em Marianne)

No «Financial Times», Macron
 considera «caduca» a sacrossanta
 re
gra da União Europeia do deficit de 3%

A este respeito, só lembrar que jamais os responsáveis da UE ou os seus altos funcionários foram capazes de explicar o porquê da escolha dos 3%.

Aqui há gato !

O que querem esconder ?

«PSD quer alerta automático
para políticos saberem
quem consulta o seu património»

Alterações prevêem também que políticos e altos cargos públicos passem a dar ou não autorização para que os seus dados sejam automaticamente confirmados no fisco e notariado.»

(Público)

13 fevereiro 2025

Memória do general sem medo

 Há 60 anos
 a PIDE assassinava
Humberto Delgado

Os cinco leitores eventualmente interessados podem ler aqui o artigo que publiquei em 2015 assinalando o 50º aniversário dp assassinato dp general.

12 fevereiro 2025

O livro aberto do privatizador governo da AD


Crescente apoio a negociações

Guerra na Ucrânia :
 a opinião pública
europeia está a mudar

« Negociações de paz na Ucrânia são o desfecho mais provável para os europeus
Os europeus acreditam, na sua grande maioria, que a guerra na Ucrânia irá terminar em negociações de paz e já poucos esperam uma vitória ucraniana, segundo uma sondagem do European Council on Foreign Relations (ECFR). No entanto, não é claro de que forma devem decorrer essas negociações.
Com a invasão russa da Ucrânia prestes a cumprir três anos, e com a pressão crescente do Presidente norte-americano, Donald Trump, para acabar com o conflito, os europeus parecem concordar que o momento para negociações de paz está próximo. Esta é a opinião que prevalece em todos os 14 países (Alemanha, Bulgária, Dinamarca, Espanha, Estónia, França, Hungria, Itália, Polónia, Portugal, Reino Unido, Roménia, Suíça e Ucrânia) que participaram no inquérito do ECFR realizado entre Novembro e Dezembro.
Mesmo na Ucrânia já são mais aqueles que acreditam que um acordo será o desfecho mais provável comparado com uma vitória militar do seu país (47% face a 34%). Os resultados da sondagem mostram uma evolução acelerada da opinião pública europeia ao longo do último ano na direcção do acordo diplomático. Na Estónia, por exemplo, um dos países que mais se destaca pelo apoio dado a Kiev, a fatia da população que acreditava numa vitória ucraniana passou de 38% para 15% entre Maio e Novembro.» («Público»)