17 janeiro 2025

Segurança

 Ora bem

«Diretor da PJ defende que 

sentimento de insegurança
é gerado pela desinformação

 e não se confirma»

«O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, afirmou esta sexta-feira que o sentimento de insegurança é gerado pelo aumento da desinformação e ameaças híbridas, salientando que os números de criminalidade violenta desmentem essa ideia.

Falando em Lisboa na conferência sobre os 160 anos do Diário de Notícias, subordinado ao tema "O Portugal que temos e o que queremos ter", Luís Neves criticou a imagem de que o país está numa situação "sem rei e sem roque" no que à segurança diz respeito, contestando a "polarização da discussão" em torno do tema, arrancando aplausos da plateia."Estamos a assistir a um momento de desinformação, 'fake news' e ameaças hibridas e é isso tudo que leva a fundamentar a perceção de insegurança", afirmou o dirigente, colocando também a responsabilidade nos media por esse sentimento.
"Temos hoje vários canais de televisão que passam uma e outra vez aquilo que é notícia de um crime", explicou, reconhecendo que isso vem "criar uma ideia de insegurança que não tem a ver com a insegurança plena do crime" existente do ponto de vista estatístico. (CM)

Amanhã


16 janeiro 2025

A comunicação social que não atende aos factos

 Para muitos media
 é tudo igual ao litro

Bárbara Reis no «Público»

 "Rixa no Martim Moniz" não foi no Martim Moniz

Para quem está a olhar para Lisboa a partir de Montalegre ou da Mongólia, mais metro, menos metro não fará diferença.
Mas para quem escreve – e para quem lê – uma notícia sobre Lisboa, é bom saber que uma coisa é a Praça Martim Moniz, outra é o Largo do Intendente.
Entre uma e outra, são só dez minutos a pé, menos de um quilómetro de distância, mas são duas praças distintas.
(...)Por isso fiquei perplexa ao ver como uma rixa que aconteceu no Intendente, este domingo, foi descrita em dezenas de títulos dos media como "rixa no Martim Moniz".
Escreveu o Jornal de Notícias em título: Rixa no Martim Moniz faz sete vítimas~
Escreveu a SIC: Rixa no Martim Moniz: razões políticas terão estado na origem dos desacatos.
Escreveu o ExpressoRixa no Martim Moniz: um "ajuste de contas" entre grupos de Lisboa e de Vila Nova de Milfontes em "lutas pelo poder".

No dia seguinte, escreveu o ObservadorVentura considera que rixa no Martim Moniz mostra o "ridículo a que a esquerda se prestou".

E o Correio da ManhãNão foram chamadas as minorias, chamaram a polícia: Ventura reage à rixa entre imigrantes no Martim Moniz.
E a SIC, de novo: "Rixa no Martim Moniz: ‘empolamento político’ e a necessidade de políticas públicas".^
Martim Moniz: ‘É um incidente como outro qualquer’".
Quando se lêem os textos, percebe-se que os jornalistas sabem que a rixa foi no Intendente e não no Martim Moniz. 

(...)

orque não dizer o nome certo? Há algumas hipóteses para explicar o erro.

1. É tudo muito perto, não tem importância, é um pormenor ridículo.

2. O leitor sabe o que é o Martim Moniz, que está nas notícias por causa da controversa operação policial dos homens encostados à parede, e a Rua do Benformoso acaba no Martim Moniz, a rixa foi "a caminho" do Martim Moniz.

3. Tanto faz, isto é o território dos imigrantes bengalis, pôr Martim Moniz no título facilita a vida do leitor, é só um localizador.

4. Com Martim Moniz, tem mais cliques. 

Etc.

14 janeiro 2025

Ficamos avisados !

 Não escondem nem disfarçam


"El secretario general de la
 OTAN pide una "pequeña
fracción" para defensa de lo
que se invierte en pensiones
 o salud"

12 janeiro 2025

Centenas ?

Um título que
 é uma vergonha
 para o «Jornal de Notícias»

Outras guerras

Ucrânia e gasodutos

Miguel Sousa Tavares no «Expresso» de 10.1.2025


(...) «4. Guerra é guerra, e logo no primeiro ano de guerra a Ucrânia sabotou os gasodutos Nordstream I e II, que bombeavam o gás russo a preços acessíveis para a Alemanha e centro da Europa. Os Nordstreams eram uma joint-venture entre empresas estatais e privadas da Alemanha e da Rússia e a sua sabotagem em águas da Dinamarca — com a cumplicidade da NATO e Estados Unidos — foi, para efeitos jurídicos, um acto de pirataria internacional e não apenas uma operação contra interesses do inimigo bélico. Por isso, deu origem a uma comissão de investigação, de que a Rússia foi excluída, e que, dois anos decorridos, obviamente nada concluiu ainda. A Rússia ficou privada de fontes de receita — que, em parte, diversificaria —, mas a Alemanha ficou privada de energia barata, entrando em crise económica que persiste até hoje, e a Europa entrou num processo de inflação que só agora dá mostras de estar controlado. Em contrapartida, os Estados Unidos substituíram a Rússia no fornecimento de GNL (gás liquefeito) à Europa a um preço três vezes superior aos dos russos. Tudo bem, guerra é guerra, dirão. Só que, entretanto, nestes quase três anos decorridos desde o início da guerra, a mesma Ucrânia que havia liquidado os Nordstreams continuou silenciosamente a deixar passar gás russo para a Moldávia, Áustria e Eslováquia através de um terceiro oleoduto que atravessa o seu território. E, pelo direito de passagem, cobrava mil milhões de dólares por ano, afinal ganhando dinheiro com o gás russo que cortara aos seus ‘aliados’ na Europa. Agora, expirado o prazo contratual, a Ucrânia não renovou o acordo, de caminho deixando a Transnístria, a região pró-russa da Moldávia, a seco. A guerra é uma caixinha de surpresas. (...)»


JAZZ PARA O SEU DOMINGO

 Andrew Wilcox

11 janeiro 2025

Hoje da Alameda ao Martim Moniz

Mais de três horas
 e meia de desfile


Indecentes as coberturas jornalísticas que, em termos noticiosos, equiparam a vigiliazinha do Chega à imensa manifestação que foi da Alameda ao Martim Moniz.

Porque hoje é sábado ( )

 Chuck Ragan