20 novembro 2024

O disparate de Leitão Amaro

 Além do mais cobardes

O que disse Leitão Amaro? (DN)
«Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião semanal do executivo, na passada quinta-feira, o ministro da Presidência afirmou que “não é muito conhecido, mas Portugal tem o segundo pior desempenho ao nível do número por quilómetro de ferrovia de acidentes que ocorrem" e que tem "um desempenho cerca de sete vezes pior do que a primeira metade dos países europeus”. Esse foi o contexto em que anunciou que o Governo aprovou uma proposta de lei que reforça “as medidas de contraordenação para os maquinistas deste transporte ferroviário, criando uma proibição de condução sob o efeito de álcool”. “Estando Portugal numa das piores situações em termos de nível de acidentes, tem do quadro contraordenacional mais leve e mais baixo da Europa”, rematou Leitão Amaro.»
Entretanto
O que disse o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF)?
O gabinete que tem a incumbência de investigar todos os acidentes na ferrovia também tomou uma posição. Citado pelo Público, o gabinete adianta que desde 2014 "nunca foi detetada nos maquinistas taxa de alcoolemia superior a 0,5 g/l, nem aspetos correlacionados com essa matéria foram identificados como factor interveniente em quaisquer acidentes ou incidentes".
Depois de Leitão Amaro ter dito aquilo e perante os protestos do sindicato de maquinistas que acusaram o ministro da Presidência de ter associado acidentes ferroviários a consumo de álcool, o ministro Pinto Luz teve  desplante de vir dizer que nem pensar, que o seu colega de governo nem por sombras quis fazer tal associação.
Forçoso é concluir que no governo da AD há gente que, por cobardia, nem sequer é capaz de manter o que disse.

Humor em torno da desgraça

Quatro cartoons
pós-vitória de Trump
- Jantar  terminado. Por favor
 caminhem para os vagões
de deportação...

Outros 3 cartoons aqui 
em «os papeis de Alexandria»

19 novembro 2024

Uma sugestão inocente

 «Sem outra terra»
- um documentário que
 a RTP bem podia comprar





 «O filme segue a trajetória de Basel, um jovem palestino dessa comunidade na Cisjordânia, que desde pequeno tem registrado com sua câmera a constante destruição e deslocação do seu povoado pelas autoridades israelenses. As imagens capturadas por ele são testemunhos de uma dor permanente: a destruição de lares, a dispersão de famílias e a batalha contínua pela sobrevivência em uma terra que sempre lhes negou direitos fundamentais. Neste cenário de desespero, Basel conhece Yuval, um jovem jornalista israelita que decide apoiá-lo na sua luta de resistência. Apesar das circunstâncias improváveis, uma forte amizade se forma entre os dois, tingida pela desigualdade intrínseca às suas existências: Basel, encurralado pelo jugo da ocupação militar; Yuval, gozando de uma liberdade que lhe permite, ao fim do dia, escapar para a segurança do seu lar do outro lado do muro. 

“No Other Land” é mais do que uma crítica feroz ao Estado de Israel; é um clamor por humanidade, um apelo à paz e a uma possível coexistência, numa região dilacerada por décadas de conflitos que parecem não ter solução à vista. Através das lentes de Basel e Yuval, o documentário expõe a crua realidade dos habitantes de Masafer Yatta enquanto questiona as fronteiras visíveis (e invisíveis) que segregam corações e mentes, propondo que a empatia, e o reconhecimento do outro, uma visão de mundo que parece ainda muito distante, possa se transformar numa realidade cada vez mais possível.»

Ler mais sobre o documentário aqui 

REPAREM BEM !

 Privatização do INEM:
Hugo Soares nega mas...


... o líder parlamentar do PSD lá vai adiantando que «Um cidadão português quando está doente está pouco preocupado sobre se quem o socorre, quem o atende, é o Serviço Nacional de Saúde (SNS), se é o privado, se são as misericórdias… Não quer é pagar e quer ter o serviço».
Ora esta é a clássica e insistente argumentação que a direita usa quando pretende justificar privatizações na saúde  !

16 novembro 2024

O que estava a fazer falta

 Ora muito bem !

Associação 25 de Abril
não vai participar nas
comemorações
do 25 de Novembro

«Instituição fundada pelos militares de Abril argumenta que comemorar o 25 de Novembro, mas não outros momentos-chave do pós-25 de Abril, é uma “deturpação” da História da construção da democracia.»

Uma Europa subordinada aos EUA

Um tempo maldito

(Carlos Matos Gomes, in Medium.com, 14/11/2024) s.

(...) «No essencial, a germinação e cultivo em estufa de dirigentes quer nos Estados Unidos quer na Europa obedece ao mesmo processo: um grande apoderado paga uma generosa bolsa de estudos para um seu pupilo vir a ocupar um lugar na administração do Estado que favoreça os seus negócios. Musk financiou Trump, mas Peter Thiel, o cofundador do PayPal, rastejando nas sombras, garantiu que o seu homem, JD Vance, entrasse no par presidencial como vice-presidente. Jeff Bezos, atrasado para a festa, entrou na onda falhando alguns dias, mas garantindo que o seu Washington Post não endossasse nenhum candidato. Aqui na Europa ninguém que coloque em causa as verdades únicas da guerra na Ucrânia e do aumento das despesas militares chegará a qualquer posto de relevo. Apenas têm lugar à manjedoura os que que puxam a carroça do dono.

Quer nos Estados Unidos quer na Europa existe uma oligarquia no poder que funde os negócios do Estado e os negócios privados e constitui uma elite governante. Os negócios renderão biliões, milhões de pessoas morrerão e incontáveis crimes serão cometidos. Como li em algum lugar: “Estamos além do espelho. Estamos todos a viajar pelos esgotos da informação. Trump é um bacilo, mas o problema são os canos.” E pelos canos escorrem muitos outros dejetos.(...) »

O essencial são os valores. O valor da palavra dada. A democracia assenta no caráter dos cidadãos e em particular dos que têm maiores responsabilidades. Quando não há caráter há canalhas. Temos um regime de canalhas. Quando se abicam dos valores criamos um mundo de faquistas e de trafulhas.

PORQUE HOJE É SÁBADO ( )

Angel Olson

15 novembro 2024

NOTICIA TRISTE

 Faleceu a camarada 
Celeste Caeiro

Celeste Caeiro em desenho de Nuno Saraiva

Nota do PCP aqui

14 novembro 2024

Habilidades e silêncios

 Aquilo de que
 Ricardo Leão nunca fala

«Reconheço que as afirmações que
proferi foram 
um momento menos feliz.»
Ricardo Leão em artigo
 hoje no «Público»

Em onze parágrafos de texto a frase acima representa a unica menção de tom autocrítico constante do artigo de opinião em causa.  Mas é caso para dizer que é curto, muito curto, embora represente a sua continuada tentativa de escamotear o que verdadeiramente está na origem da polémica que se seguiu ao acontecido na Câmara de Loures.

Porque a verdade é que o escândalo e indignação não rebentaram apenas por causa do «sem dó nem piedade» de Ricardo Leão. Muito mais importante e muito mais grave do que isso foi aquilo de que, desde há semanas, o Presidente da Câmara de Loures não fala: a saber, que ele próprio mais os eleitos do PS e (a não esquecer) do PSD aprovaram uma proposta do Chega no sentido de alterar o regulamento de habitação municipal para que fossem despejados  os autores de violência ou desacatos, o que além de ilegal é desumano porque os incriminados ou julgados podem pela certa ter ascendentes ou descendentes (inocentes!) a viver na sua casa.

É disto que, nas suas já frequentes explicações, Ricardo Leão nunca fala. Mas é isto que é grave, intolerável e é preciso lembrar.

Adenda repescando uma notícia de 8 de Novembro:

Também a Iniciativa Liberal
«
Assembleia Municipal de Loures chumbou proposta da CDU para revogar a recomendação do Chega sobre despejos de habitações municipais, aprovada com os votos de PS e PSD. IL juntou-se no voto contra