Barreto igual si
próprio, isto é, trafulha
«O debate sobre os festejos da liberdade tem tanto de desprezível quanto de perigoso. Mas também revelador. Mostra uma espécie de Cartel que decide quem comemora o 25 de Abril e festeja o Dia da Liberdade. Na verdade, que espera traçar as fronteiras da democracia.»
- António Barreto no «Público» de hoje
Cumpre informar caridosamente o dr. António Barreto que não há em Portugal nenhum cartel que «decide quem comemora o 25 de Abril e festeja o Dia da Liberdade». Cada português é obviamente livre de comemorar ou não comemorar e de comemorar das mais diversas formas que lhe apetecerem ( indo à praia, bebendo umas bejecas, estendendo.-se no relvado de um parque, indo a desfiles ou participando em comemorações de âmbito municipal). Dito isto, é no entanto necessário acrescentar um «pormaior»: é que os desfiles populares de Lisboa e do Porto não são ajuntamentos espontâneos que caem do céu aos trambolhões; eles só existem porque há organizações e cidadãos que, pelo menos desde há 42 anos, muito trabalham para eles,