17 junho 2024

É só propaganda

Sobre o inevitável
Carlos  Moedas

Altar-palco de Carlos Moedas, a cobertura 

para casas de banho mais cara do mundo

Carmo Afonso no «Público»
«Nunca é claro quando se trata de distinguir o que foi feito pelo anterior executivo e o que foi feito por si. Não resiste à tentação de receber os louros. Quem acompanhar a comunicação política do presidente da CML pode ser induzido em erro. É uma falha incompreensível porque Moedas acaba por ser corrigido publicamente por pessoas ligadas a outras forças políticas. Mas também aqui Moedas faz de conta. Faz de conta que não está a ser corrigido e que a sua mensagem de obra feita vai passando.» (...)

O parque à beira Tejo não tem a assinatura de Carlos Moedas, mas existe ali uma estrutura que tem. Falo do famoso altar-palco principal. Teve um orçamento inicial de quase cinco milhões de euros. Moedas anunciou, mais tarde, uma redução desse custo, negociada com a Mota-Engil, de cerca de 30%. A polémica à volta da construção deste palco foi enorme por se afigurar um investimento, ou talvez um gasto, megalómano.

Na altura, Carlos Moedas garantiu que havia “muito interesse” em usar o altar-palco após o evento. Recordo-vos das suas palavras numa entrevista, na TVI, conduzida por José Alberto Carvalho: “Não é o momento agora, José Alberto, de decidir ou de fazer, mas tem havido um interesse
enorme, nacional e internacional, de muitos promotores que 
gostariam de utilizar este palco.”
Onde estarão esses promotores? É que passou quase um ano e o altar-palco não voltou a ser utilizado.
Minto. Está a ser utilizado agora no Rock in Rio, mas não é como palco.  A grande obra de Carlos Moedas serve de cobertura a uma bateria de casas de banho. Isto, sim, merecia uma explicação. Em vez de falar do apoio do anterior executivo, Moedas deveria explicar aos lisboetas porque se gastou tanto dinheiro num mono que se revela perfeitamente inútil.»

14 junho 2024

Edição da Tinta da China

 Sobre uma grande figura 
da resistência católica
e um saudoso camarada

Apresentação :«O padre José da Felicidade Alves (1925‑1998) foi um dos protagonistas da oposição católica ao Estado Novo. Personalidade carismática e controversa, intelectual movido por uma incessante inquietação, foi prior dos Jerónimos, em Lisboa, entre 1956 e 1968. Acabou suspenso das funções sacerdotais devido à contestação que dirigiu à hierarquia da Igreja católica portuguesa e ao Estado Novo. A partir daí, tornou‑se mentor do movimento GEDOC, foi preso pela PIDE, casou‑se e foi excomungado, meteórica sequência que exponenciou o eco público do nome Felicidade Alves nos derradeiros anos da ditadura.

Este livro segue o trajecto contestatário do padre Felicidade, acompanhando a cronologia do seu pensamento e acção até à adesão formal ao Partido Comunista Português em 1978, procurando cartografar o lugar do político e do religioso – universos que concorrem para a dualidade identitária do oposicionista praticante.»

Negociações fechadas com êxito

 Nova Frente Popular em França:
«a esperança está aí »

12 junho 2024

Para responder a Le Pen e Macron

Nova Frente
 Popular na França  

«Enquanto à direita os ânimos se exaltam, a esquerda [ ] chegou, nesta quarta-feira, a um acordo quanto à divisão de lugares numa coligação que recupera o nome de Frente Popular mas reproduz o modelo da Nova União Popular Ecológica e Social (NUPES, na sigla francesa), criada por Jean-Luc Melénchon (França Insubmissa) em 2022 como coligação anti-Macron.

A ecologista Marine Tondelier, o socialista Olivier Faure, o comunista Fabien Roussel e Manuel Bompard (França Insubmissa) – apareceram lado a lado em frente à sede dos Verdes em Paris para anunciar a “constituição de uma coligação que recupera o nome de Frente Popular mas reproduz o modelo da Nova União Popular Ecológica e Social (NUPES, na sigla francesa), criada por Jean-Luc Melénchon (França Insubmissa) em 2022 como coligação anti-Macron.

Logo na segunda-feira, horas depois da convocação de eleições, os líderes dos quatro principais partidos defenderam um  nova frente popular, reunindo todas as forças humanistas, sindicais, associativas e cidadãs de esquerda”. (Público)

Uma direita revanchista

 25 de Novembro :
a minha velha sugestão
não foi ouvida

Parlamento aprova proposta

 para 25 de Novembro passar

a ter comemorações na

 Assembleia da República

(SIC Notícias)

A maioria de direita na AR (PSD, CDS, IL e Chega) fez finalmente o gosto ao dedo e aprovou que passe a haver na Assembleia uma sessão solene sob
re o 25 de Novembro.  Confesso o meu desgosto por os promotores da ideia não terem considerado antes a  minha velha proposta de que, em vez de uma sessão solene na AR, antes convocarem uma grande manifestação de massas para a Avenida da Liberdade. Era só para a gente poder comparar.

10 junho 2024

Votos em 9 de Junho

 É impressão minha
ou em 10 de Março não
 se falou tanto de vitória à
«tangente» e de «empate» ?

09 junho 2024

Dia de reflexão e de voto


Não há meio
de aprenderem

Proponho aos leitores que comparem o conteúdo da comunicação social ontem sábado com  o de hoje, dia de voto. Ontem zero notícias ou comentários sobre política nacional ou matéria eleitoral. Hoje é um fartar de balanços, análises, comentários e até slogans como se vê acimam. A comunicação social continua a não querer perceber que o que vale para o dia de reflexão vale, por maioria de razão, para o dia de votação.

08 junho 2024

Sem falta !

 Tantas razões
para o voto na CDU


É o voto que defende Portugal na UE.

Que elege deputados que no Parlamento Europeu, defendem os trabalhadores, o povo e o País contra as imposições da UE e a submissão aos interesses das multinacionais. Deputados que se batem pelo aumento dos salários e reformas, contra as privatizações, pelos serviços públicos, pelo direito à habitação, pela preservação do meio ambiente – ao contrário do que fazem os do PS, PSD e CDS, a que agora se querem juntar os do Chega e da IL. Deputados eleitos pela CDU que, pelo seu contacto com a realidade do País, conhecem melhor do que ninguém os problemas e as aspirações do povo português. 

É o voto que combate o Governo PSD/CDS

e o seu projecto de exploração, empobrecimento e subordinação à UE. É o voto que em Portugal exige a ruptura com a política de direita. Que dá força a uma política patriótica e de esquerda que assegure uma vida justa, um Portugal com futuro. 

É o voto pelo aumento dos salários e das reformas, pela defesa dos serviçoes públicos, contra as injustiças

contra a UE dos monopólios, contra a acumulação de milhões de euros nos bolsos de uns poucos, enquanto os que vivem e trabalham em Portugal são sujeitos a baixos salários e reformas, à degradação dos serviços públicos, ao drama porque passam todos os que precisam de uma casa para viver. 

É o voto que defende a produção nacional

Que não aceita que Portugal seja reduzido ao sol e à praia e condenado à dependência externa. É o voto que exige produzir em Portugal aquilo que a UE quer que compremos ao estrangeiro. É o voto que defende a nossa indústria, a investigação científica, a nossa agricultura e pescas.

É o voto pela paz

e que recusa o caminho da guerra, da confrontação, da escalada armamentista. É o voto que tem a coragem de dizer que a guerra, seja na Ucrânia, seja na Palestina, só serve aqueles que estão a encher os bolsos à custa da desgraça dos povos. Que recusa o desvio de recursos dos povos para mais armas e guerra, em vez de direitos, e que se bate por uma solução política dos conflitos internacionais.