A não perder

Uma bela exposiçáo
sobre a revolução portuguesa

no parque da antiga Lisnave - Almada

Curadoria de Sérgio Trefaut

23 maio 2025

Desastre


A grande mudança
do 18 de Maio
 

1944-2025

Sebastião Salgado -
 morre um grande fotografo
 e um grande humanista

"Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da acção transformadora (...). Seguiremos honrando seu legado, cultivando a terra, a justiça e a beleza que ele tanto acreditou ser possível restaurar", prossegue a mensagem do instituto, que até à data já plantou mais de três milhões de árvores.» (Instituto Terra)

Preparativos para a paz ?

Muitas décadas depois
tanques alemães voltam
à fronteira com a Russia

(«DN») 

21 maio 2025

São a extrema direita económica e social

A Iniciativa Liberal
fazendo de lebre da AD

« Em declarações transmitidas pela RTP3, no final do encontro, Rui Rocha anunciou que vai apresentar um projecto de revisão constitucional, que “não é um ajuste de contas com a história”, mas tem como objectivo que a Constituição tenha “menos pendor ideológico” e reflicta uma “sociedade mais livre, economicamente mais autónoma e em que o papel do Estado não é um papel central na economia". («Público»)

20 maio 2025

Uma antiquissima falsificação

São às carradas os que
falam de «lider da oposição»
mas todos falam de uma
coisa que não existe

Para matar esta velhíssima falsificação deveria bastar considerar que o PCP é um partido da oposiçao e não será liderado nem por Ventura nem pelo Chega (ou qualquer outra entidade) e pela simples razão de que se lidera a si próprio. Entretanto quem quiser conhecer uma crítica mais desenvolvida a esta expressão pode ir aqui e ler um artigo que escrevi no «Público» há 19 anos.

Portugal 2025

Uma daquelas realidades
menos faladas

«DN»

Na festa do Sporting da Praça do Municipio

 Moedas assobiado

«Na recepção aos campeões, Moedas quis falar com o Sporting e acabou a falar sozinho.

Assim que abriu a boca, [Carlos Jacarandás] Moedas foi fortemente assobiado. Parou. Recomeçou o discurso e voltou a ser engolido pelo som da raiva “leonina”. Parou novamente. Mas não desistiu. Moedas apostou no grito, subiu decibéis e, depois de muito discurso imperceptível pelo duelo sonoro com os sportinguistas – duelo que estava a perder por goleada –, venceu-os. Venceu-os pelo cansaço.


Assim que abriu a boca, Moedas foi fortemente assobiado. Parou. Recomeçou o discurso e voltou a ser engolido pelo som da raiva “leonina”. Parou novamente. Mas não desistiu. Moedas apostou no grito, subiu decibéis e, depois de muito discurso imperceptível pelo duelo sonoro com os sportinguistas – duelo que estava a perder por goleada –, venceu-os. Venceu-os pelo cansaço.»(Público)

16 maio 2025

Mérito de El País

Uma manchete que
 não se vê em Portugal


15 maio 2025

GAZA

 

Um bloqueio mortal



«Israel mantém o bloqueio desde 2 de março, alegando a necessidade de pressionar o Hamas a libertar os reféns . De acordo com o porta-voz do governo israelense, David Mencer, o Hamas estaria desviando ajuda humanitária. No entanto, os trabalhadores humanitários insistem que esse não é o caso, pois as distribuições são rigorosamente monitoradas. Grupos de direitos humanos chamam o bloqueio de "tática de fome ", dizendo que é um potencial crime de guerra .

O impacto humanitário já é considerável, com mais de 10.000 crianças internadas em hospitais por desnutrição aguda desde janeiro, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a UNICEF, os casos aumentaram 80% em março em comparação ao mês anterior. Quase metade dos 200 centros de nutrição na Faixa de Gaza fecharam devido a bombardeios e deslocamentos.» (notícia em slate,fr)

12 maio 2025

Falam os arquivos

 Há cinco anos
 quando o «Público»
 desmentia o «Público»


Indignação

Porque não um voto
 essencialmente motivado
 pela Palestina ?

José Pacheco Pereira no «Público» de ontem

«Acho que nunca escrevi um artigo em estado de maior indnigação. O que se passa em Gaza e no território da Autoridade Palestiniana convoca não só a política, a geopolítica, .as relações de forças entre Estados, o mundo do “Ocidente” e do Oriente, todos os conflitos em curso, o “Sul global”, o papel das Nações Unidas, mesmo o direito internacional, convoca tudo o que quiserem, mas tudo está abaixo de um repto moral, de uma obrigação de falar, de um dever de protestar e actuar perante um massacre cruel, diante dos nossos olhos, de um povo, o palestiniano. Só conheço uma comparação para esta indiferença, vergonhosa e também, ao mesmo tempo, a mais certeira e, num certo sentido, a mais diabólica: o encolher de ombros de todos os que sabiam que o Holocausto estava em curso –​ e havia muitos altos responsáveis entre os inimigos dos alemães que sabiam – e nada fizeram. (...)

No entretanto, todos os dias se mata gente inocente, crianças, mulheres, velhos, sem sequer qualquer racionalidade militar que não seja destruir, matar ou atirar para fora da sua terra milhões de pessoas, para depois terraplanar as ruínas e lá instalar colonos israelitas, os mesmos que andam também a matar palestinianos nas terras da Autoridade Palestiniana, a base eleitoral dos partidos da extrema-direita que estão no governo de Bibi.(...)

E, já agora, não convinha perguntar, em plenas eleições, algo de verdadeiramente importante ao PS, ao PSD, ao CDS, ao Chega, por aí adiante, se, chegando ao Governo, estão dispostos a reconhecer o Estado palestiniano, estão dispostos a impor sanções a Israel e a usar todos os meios ao dispor de um Estado da União Europeia para punir os criminosos? E, para além disso, o que é que eles acham do que se está a passar com as crueldades de Israel em Gaza?

As respostas seriam até uma razão bem mais sólida e moral para decidir o voto.»


10 maio 2025

O vale tudo

Montenegro, Fátima
 e a falta de vergonha

«O líder da AD estava em Fátima, quando o novo Papa foi anunciado. Um “acaso” curioso: é verdade que na história da Igreja Católica já houve um conclave, no século XIII, que durou dois anos. Ultimamente há fumo branco ao segundo dia.

Mas associar-se à inspiração do Espírito Santo que levou os cardeais a eleger Leão XIV não foi suficiente para Montenegro. Esta sexta-feira, fugiu do programa oficial para ir ter com a mulher que estava, em conjunto com um grupo de peregrinos, na praia de Mira, a caminho de Fátima para o 13 de Maio. Tudo seria natural (querer ver a mulher de quem tem saudades, já que a vida na campanha é dura) se Montenegro não tivesse chamado as televisões para registarem o momento de união do candidato com a mulher peregrina.» Ana Sá Lopes ni «Público».

09 maio 2025

Há 80 anos

9 de Maio de 1945,
 um feito imorredouro: 
a derrota do nazi-fascismo

A foto que tornou inquestionável que os soviéticos
foram os primeiros a chegar a Berlim

O marechal Georgiu Júkov no desfile da vitória
 em Moscovo em 24 de Junho de 1945

Há cinco anos

07 maio 2025

Uma Europa cumplice do genocidio

Vergonha,
máxima vergonha !

Serão deportados 2 milhóes de palestinos/GAZA, Netanyahu prepara a solução final. Silêncio da Europa

06 maio 2025

Há onze anos

 Modesta lembrança
no dia em que Passos Coelho
 entra na campanha da AD



05 maio 2025

Eles não mudaram

Em 18 de Maio
 lembrem-se deste

E, já agora, lembre-se também que Luis Montenegro foi o lider parlamentar do PSD no tempo da troika, ou seja defendeu todas as malfeitorias do governo de Passos.

Porque hoje é sábado ( )

Willie Nelson
em «On What a Beautiful World»


02 maio 2025

A vertigem reacionária

 Trump decide isto ...

... mas os americanos
pensam isto

43% dos americanos dizem que a NPR e a PBS devem continuar a receber fundos federais, 24% acha que devem acabar e 33% não têm opinião.

mas há mais políticas em que Trump não tem um apoio maioritário

59% não aprovam a performance de Trump em matéria do seu trabalho e nas tarifas e 55% não aprovam os cortes em agências e departamentos governamentais.

Classificações médias de aprovação de trabalho no primeiro trimestre dos presidentes eleitos depois da II Guerra Mundial

01 maio 2025

Os anos 50 dos EUA voltaram

Um truque que
convem muito a Israel


Joseph McCarthy:
Então- O SUSTO VERMELHO
TODOS os simpatizantes da União Soviética  -
SÃO PERIGOSOS COMUNISTAS
Donald Trump:
Agora - O SUSTO vermelho, negro, branco e verde
TODOS os simpatizantes de GAZA
SÃO PERIGOSOS ANTISEMITAS

Travar o desvario

Contra o
rearmamento

Manuel Loff no «Público» de 30/4

(...) O Governo já formalizou junto do Conselho da União Europeia a intenção de “ativar a cláusula de escape nacional para aumentar o investimento no sector da defesa até 1,5% do PIB” (PÚBLICO, 29/4/2025). Dinheiro não vai faltar para o rearmamento. Como ele não cai do céu (como tantas vezes Passos e Costa nos gostavam de recordar), é revelador que o PS e a AD se preocupem em jurar que “o investimento não porá em causa o Estado Social e deve ter um efeito multiplicador do crescimento”. A AD quer “alcançar pelo menos 2% do PIB” antes de 2029 (o Chega tem mais pressa: até ao fim de 2026), o que significa duplicar o gasto atual.

O PS jura o mesmo (“aumentar o investimento em Defesa não pode significar enfraquecer o Estado Social”) e fá-lo porque o secretário-geral da NATO foi muito claro ao dizer no Parlamento Europeu que era exatamente o contrário  que era preciso fazer.[ver título do jornal norte-americano «Politico» na Adenda em baixo.]De tanto medo em se comprometer, o PS omite qualquer meta quantitativa porque “estas despesas, que Portugal deverá assumir no quadro das suas alianças internacionais” – como na troika, as alianças têm prioridade sobre a soberania popular na decisão sobre onde gastar os nossos recursos – “terão regras próprias no quadro da UE” pelo que “não é considerada no presente exercício, pela sua excecionalidade e imprevisibilidade.”  (...)

Neste clima de duplicidade moral no qual se levou ao extremo retórico o “Mal Absoluto” que Putin representa, enquanto o genocídio que Israel está a perpetrar em Gaza continua a ser descrito como um “conflito” com o Hamas, não é, pelos vistos, fácil ser-se claro sobre o que significa o rearmamento europeu. Essa vontade de Bruxelas de “preparar-se” para a guerra “para unir e estabelecer autoridade – inclusive através da construção de um inimigo – é um truque antigo” sustentado em “discursos simplistas e maniqueístas — marcados por uma russofobia circunstancial” (Anne-Cécile Robert, Le Monde Diplomatique – edição portuguesa, abril 202) Entre nós, só a CDU (e, em concreto, o PCP) fala explicitamente de “militarização da UE” e “escalada armamentista” e lembra que se prepara um “inaceitável desvio de vastos recursos, sistematicamente negados para resolver os problemas dos trabalhadores e do povo, para despesas militares e para a guerra”.

Adenda :
Titulo no jornal norte-americano «Politico»


30 abril 2025

Um grande acontecimento

 Há 50 anos, a vitória
 dos vietnamitas contra os E.U.A.

Celebrações na cidade de Ho Chi Minh
em 30 de abril de 2025.



Dia do Trabalhador

1º de Maio,
sempre com a CGTP

Lisboa - 14.30 hs. no Martim Moniz
Porto - 15 hs. na Av. dos Aliados

canta Bruce Springsteen

Mais uma contribuição de Eugénio Rosa

Decisões da União Europeia
e impactos para Portugal

Extracto do ultimo estudo de Eugénio Rosa


(...)«
B) Impactos concretos e específicos para Portugal das recentes decisões e orientações da União Europeia

• OE-2025 de Portugal 125.000 milhões €, 45% em despesas sociais + 10% pessoal afeto e 2,5% em investimento público.
 • Contribuição de Portugal (1,6%) que estimamos para custear os “planos da CE” (Plano Draghi +rearmamento da U.E. + financiamento da guerra na Ucrânia) daria mais 17,6 mil milhões €/ano que os portugueses teriam de suportar mais, ou seja, mais do que Estado transfere para o SNS.
• Para responder às exigências de Bruxelas Portugal teria de fazer : (a) Cortes brutais nas despesas sociais em saúde, educação e pensões, que seria gravíssimo ainda mais num país com salários baixos; (b) Redução do Investimento público em infraestrutura, atrasando ainda projetos de digitalização e energia; reduzindo drasticamente a Função Pública o que destruiria os serviços públicos já degradados o que provocaria uma forte resistência das populações
• Perda de fundos comunitários como subsídios agrícolas (Política Agrícola Comum) e fundos de coesão (apoio a regiões subdesenvolvidas) e redução significativa nos restantes. P
ortugal passaria de beneficiário líquido para contribuinte líquido

A ARMADILHA DE BRUXELAS DE NÃO CONSIDERAR PARA EFEITOS DO CÁLCULO DO DÉFICE AS DESPESAS MILITARES .

A proposta de Bruxelas de não contabilizar os gastos militares no cálculo do défice orçamental para efeitos das regras europeias é uma solução meramente contabilística, sem efeito real sobre a sustentabilidade financeira dos países. As despesas continuam a existir e, mesmo que formalmente "excluídas" para efeitos das regras de Maastricht ou do Pacto de Estabilidade, representam dívida real, empréstimos que terão de ser obtidos nos mercados financeiros , com juros reais, e que terá de ser pago pelos cidadãos no futuro. Aquilo que em Bruxelas se apresenta como uma "margem de manobra" é, na prática, um agravamento direto da dívida pública real. Isso terá consequências inevitáveis: (a) Aumento do serviço da dívida: à medida que as taxas de juros se mantêm ou aumentam, os países terão de gastar uma parcela ainda maior dos seus orçamentos anuais apenas para pagar juros da dívida passada; (b) Redução das margens orçamentais para políticas sociais e investimento público. Portanto haverá menos recursos disponíveis para saúde, educação, inovação civil, infraestrutura, transição energética, etc. Em outras palavras, a retórica de "investir para crescer" pode rapidamente converter-se numa espiral de estagnação, endividamento e austeridade disfarçada, agravando as desigualdades sociais e minando a coesão política interna da União.Se a UE persistir neste caminho, as consequências serão múltiplas: endividamento insustentável, pressão para austeridade futura, descontentamento social crescente . Em resumo: a obsessão em financiar simultaneamente a indústria de defesa e a guerra enfraquecerá a capacidade da Europa de sustentar um poder global a médio prazo, por falta de bases econômicas sólidas, e criará as condições ideais para aparecerem mais “trumpes” agora na própria Europa. ( Montenegro já pediu autorização a CE .(...

29 abril 2025

Mais cenas de Trump

 Adivinhe
quem é o criminoso

«Lembre-se: só um destes homens é um
criminoso condenado»


A verdade que a AD esconde

As fantasias da AD
sobre a baixa do IRC

 Ricardo Pais Mamede no «Público»

«(...) O mesmo se pode dizer dos efeitos esperados da anunciada descida de IRC. De tão intuitiva, a ideia parece óbvia: se descermos os impostos sobre os lucros, mais empresas quererão investir no país. Mas a ideia esbarra em alguns dados. Primeiro, 40% das empresas portuguesas não pagam IRC. Segundo, 0,2% das empres as são responsáveis por mais de metade das receitas deste imposto.Terceiro, os grandes investimentos produtivos em Portugal são realizados ao abrigo de regimes contratuais com o Estado, que permitem às empresas em causa beneficiar de taxas reduzidas ou de isenção de impostos (a par de outros apoios financeiros e em espécie). Ou seja, esperar que uma descida de 20% para 17% na taxa de IRC, que recai essencialmente sobre um pequeno grupo de empresas e de investimentos, se traduza num crescimento do PIB duas vezes superior ao esperado, não é razoável.

Contra a hipocrisia dos poderosos

Uma voz italiana

Fabio Marcelli, jurista internacional
no jornal italiano «If Fatto Quotidiano»

(...) «  É sabido que a modéstia não convém à nossa terrível classe político-jornalística. E assim, descaradamente, como sempre, Meloni & Cia. estão imitando seus cabecilhas internacionais – Trump, von der Leyen e companhia – numa tentativa de neutralizar, distorcer e desnaturar a mensagem do Papa Francisco , o grande líder espiritual mundial que infelizmente nos deixou há poucos dias. No entanto, a mensagem de Francisco foi claríssima, condenando sem reservas o rearmamento, a devastação ambiental e o extermínio do povo palestino.

O compromisso de Francisco com os seres humanos, grandes vítimas do atual crepúsculo tempestuoso do Ocidente capitalista, o levou a tomar posições corajosas e claras sobre todas essas questões, a ponto de ser insultado por aqueles que não tiveram escrúpulos em chamá-lo de "putiniano" e "antissemita", categorias nas quais os terríveis formadores de opinião alojados vitaliciamente nos jornais e na TV tentam relegar qualquer um que expresse um pensamento crítico sobre os massacres e a devastação em curso. Hoje eles demonstram um luto artificial pela morte de Francisco, mas no fundo eles se alegram com o falecimento de um dos seus adversários mais temíveis.

(...)

Este grande líder nos conduziu na direção oposta e contrária àquela invocada pelos profetas do choque de civilizações e da supremacia do Ocidente ou de uma Europa armada até os dentes, que para recuperar seu lugar no mundo parece disposta a desencadear a Terceira e definitiva Guerra Mundial. Ao mesmo tempo, ao afirmar a igualdade intrínseca entre os seres humanos e sua dignidade irreprimível, também invocada para os migrantes, ele atacou duramente a doutrina desumana dos racistas que não deixam de tentar evocar algum fundamento religioso para sua reivindicação de superioridade inconsistente.(...)


28 abril 2025

Finalmente !

  Ao fim de quase um
dia para esquecer,
 fez-se luz. Bem-vinda !

27 abril 2025

Há onze anos

Uma discriminação
 que virou tradição

 

26 abril 2025