Se o ridículo da Bonifácio
pagasse imposto, o ministro
das finanças agradecia
«Não sei se é caso para festejarmos um brevíssimo lampejo de lucidez por parte do PCP quando das últimas eleições presidenciais. Por um lado, o partido teve o cuidado de arranjar um candidato bem apessoado, João Ferreira. Por outro, introduziu uma discreta novidade que não foi comentada mas que é muito significativa de um vislumbre de lucidez: pela primeira vez na nossa história democrática, os cartazes de João Ferreira não ostentavam a tradicional foice e martelo, subrepticiamente permutada pela neutralidade de uma espécie de pequena bandeira verde e vermelha.»
Este pedaço de prosa de Fátima Bonifácio hoje no «Público» ajuda a explicar porque é que o jornal mantém esta colunista. De facto, não é todos os dias que se encontra uma tão desatenta à realidade e tão lunática quanto reaccionária. Na verdade, no caso presente, ninguém na redacção do «Público» teve a coragem de advertir a colunista de que nunca houve foices e martelos nos cartazes de todos, mas de todos, os candidatos presidenciais apresentados pelo PCP. E também ninguém teve o desplante de avisar a Bonifácio que os cartazes tem naturalmente de ter em conta que nos boletins de voto das presidenciais aparecem não símbolos partidários mas sim as fotos dos candidatos.
Está cega e já não percebe nada do que escreve. É o início da demência. Pergunta: Daqui a alguns anos, terá algum elemento do partido do «Chega» para a apoiar como muleta?
ResponderEliminarNaquele jornal estão todos bons uns para os outros.
ResponderEliminarA degradação (acelerada, na fase histórica que vivemos), do sistema capitalista, traz à tona todas as suas vísceras cheias de furúnculos e de pus. O mundo académico, reivindicava habitualmente para si uma aura de credibilidade e dignidade (que tem obrigado, é certo, a frequentes exercícios de contorcionismo para se exibir um resultado como determinado por certas premissas, quando é certo que o resultado estava já pré-determinado e faltava apenas encontrar premissas que o justificassem). Contudo, agora passou-se para uma fase diferente e à medida que a vergonha se perde, toda a raiva e toda a fúria perante um Mundo que não para quieto, emerge de forma vigorosa à superfície. É então que somos brindados, com cada vez maior frequência, com estas coisas tão desagradavelmente bonifácias. Uma tristeza.
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