Será que preferem
«os amanhãs que zurram» ?
«os amanhãs que zurram» ?
Só dificuldades técnicas me impedem de responder a milionésima repetição desta piada ou remoque republicando apenas uma crónica que publiquei no Avante! em 1990 um pouco antes do XIII Congresso (Extraordinário) do PCP e que, significativamente, se intitulava «Os amanhãs que já cá cantam !»
Na falta disso (que bastava) fiquem então estas breves observações:
1. A expressão foi criada pelo dirigente comunista francês e grande resistente antifascista Paul Vaillant-Couturier no seu poema «Jeunesse» e viria a ser repetida pelo deputado comunista Gabriel Peri fuzilado pelos nazis em 1941, no Mont-Valérien, nestes termos da sua última carta:
« Que mes amis sachent que je suis resté fidèle à l'idéal de ma vie ; que mes compatriotes sachent que je vais mourir pour que vive la France. Je fais une dernière fois mon examen de conscience. [...] J'irais dans la même voie si j'avais à recommencer ma vie. Je crois toujours en cette nuit que mon cher Paul Vaillant-Couturier avait raison de dire que le communisme est la jeunesse du monde et qu'il prépare des "lendemains qui chantent". Je vais préparer tout-à-l'heure des lendemains qui chantent. »
2. A expressão fez o seu honroso curso e desempenhou o seu papel mas a verdade é que há mais de 55 anos que não é usada pelos comunistas embora reapareça constantemente na voz e na escrita de variados anticomunistas que nunca por nunca ser nos explicam se acaso preferem (como a sua prática política induz) os «amanhãs que choram» ou os «amanhãs que zurram»
Este senhor Manuel Carvalho não precisa de "amanhãs que zurram" porque há muito zurra e só zurra. Este senhor também não precisa que venham "amanhãs que choram" porque já tem vindo a demonstra a sua profunda insensibilidade ao sofrimento sentido tanta gente e o seu apoio a quem politicamente tanto sofrimento tem provocado neste nosso país.
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