«(...) Que fiscalização existe por parte do Estado às falsas falências das
empresas que mandam os trabalhadores para o desemprego e os respectivos
patrões compram, em simultâneo, carros de alta cilindrada? Por que
motivo não se diversificam as fontes de financiamento da Segurança
Social? Por exemplo, uma pequena parcela sobre o imposto arrecadado nas
vendas de álcool e tabaco podia ser muito positiva para recapitalizar a
Segurança Social.
Nenhumas destas sugestões ou propostas estão a
ser consideradas. Ideologicamente, os partidos da direita, de mãos dadas
com o PS, propõem cortar hoje nas pensões para garantir a
sustentabilidade do futuro, estilhaçar o contrato entre os
contribuintes e o Estado que deve utilizar esta reserva de fundos só e
apenas na garantia de tranquilidade e bem-estar na velhice, destruir a
solidariedade entre gerações, poupar as empresas nas contribuições na
ingenuidade de que assim os empresários ao descapitalizar a Segurança
Social criarão mais emprego e as suas empresas com menos despesa se
tornarão mais competitivas. A sugestão dos contribuintes pagarem menos
para a segurança social e assim verem os seus bolsos com mais dinheiro
para aumentar o consumo privado também é anedótica e reveladora da
irresponsabilidade que consiste fazer da reforma da Segurança Social
um instrumento de política económica liberal (...)»
na integra aqui no Público de hoje
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