... as opiniões
perturbadas e ambivalentes
Como há muitos e muitos anos não partilho nada a ideia de que situações de crise e de carências agudas e de desespero e sofrimento sociais sejam automatica e obrigatoriamente o caldo de cultura ideal para uma especial clarividência política e eleitoral dos cidadãos ou criem imediatamente avenidas de facilidades para soluções políticas progressistas, estou à vontade para não esconder que uma sondagem hoje divulgada pelo «i» proclama que 77% dos inquiridos queriam que PSD, PSD e CDS se tivessem entendido no famigerado «compromisso de salvação nacional».
Entretanto, como prova de que nestes tempos nada é linear ou absolutamente coerente repare-se que, na mesma sondagem, 40,4% dos inquiridos dizem apoiar ou achar razoável a posição assumida pelo PCP, pelo BE e por Os Verdes de não entrarem (também ninguém os comvidou) nas negociações dos troikistas, o que representa o dobro das intenções de votos que as sondagens lhes vem atribuindo.
E já agora, no mesmo sentido, repare-se que, tendo sido Cavaco Silva o padrinho dessas negociações entre PSD, PS e CDS, qual foram os resultados sobre a apreciação da acção de Jerónimo de Sousa, Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho na sondagem publicada pelo Expresso no último sábado:
O povo português está tão amargurado que nem sequer quer saber de sondagens...tem uma certeza: não quer este governo e não acredita convictamente no PS.
ResponderEliminarSó lamento que não queiram apostar seriamente naqueles que nunca foram poder!
É triste verificar que este Povo, tão massacrado, precisa de algo mais que a triste realidade que está vivendo, para encontrar o verdadeiro caminho.
ResponderEliminarUm abraço.