07 maio 2012

Mais uma vez

O milagre segundo Rui Tavares




Prosseguindo, tão convicta quanto infatigavelmente, a sua cruzada («de esquerda» pois então)  pelo federalismo, Rui Tavares escreve hoje no Público o seguinte (sublinhado meu): « Ganhar eleições na França , na Grécia ou até na Alemanha em 2013, poderá ajudar a enterrar o que é velho, certamente. Mas não fará nascer o que é novo: para isso precisaremos de um Governo europeu democraticamente eleito que possa pilotar  um longa mas sustentável recuperação económica».

É certo que estou farto de espadeirar com Rui Tavares e outros sobre este assunto mas não consigo resistir a deixar mais uma vez aqui expresso o meu deslumbramento com este tipo de pensamento que imagina que a forma - eleição directa pelos eleitores europeu de um governo europeu - bastaria para superar o fundo, isto é, os mesmos partidos, a mesma política dominante, os mesmos interesses de  classe e, para falar verdade, o tipo de aspirações porventura bem pouco progressistas que grande parte dos europeus partilha.

Creio por isso que ideias destas são mesmo a Fátima europeia destes primeiros anos do século XXI.

2 comentários:

  1. E Santiago de Compustela será um patriotismo bacoco que em muito ajudou a que situação fosse diferente e socialmente mais justa

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  2. Seria um milagre muito tenebroso.

    Um abraço.

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