Prosseguindo, tão convicta quanto infatigavelmente, a sua cruzada («de esquerda» pois então) pelo federalismo, Rui Tavares escreve hoje no Público o seguinte (sublinhado meu): « Ganhar eleições na França , na Grécia ou até na Alemanha em 2013, poderá ajudar a enterrar o que é velho, certamente. Mas não fará nascer o que é novo: para isso precisaremos de um Governo europeu democraticamente eleito que possa pilotar um longa mas sustentável recuperação económica».
É certo que estou farto de espadeirar com Rui Tavares e outros sobre este assunto mas não consigo resistir a deixar mais uma vez aqui expresso o meu deslumbramento com este tipo de pensamento que imagina que a forma - eleição directa pelos eleitores europeu de um governo europeu - bastaria para superar o fundo, isto é, os mesmos partidos, a mesma política dominante, os mesmos interesses de classe e, para falar verdade, o tipo de aspirações porventura bem pouco progressistas que grande parte dos europeus partilha.
Creio por isso que ideias destas são mesmo a Fátima europeia destes primeiros anos do século XXI.
E Santiago de Compustela será um patriotismo bacoco que em muito ajudou a que situação fosse diferente e socialmente mais justa
ResponderEliminarSeria um milagre muito tenebroso.
ResponderEliminarUm abraço.