05 junho 2014

Um livro estrangeiro por semana ( )

Protest and Propaganda:
W. E. B. Du Bois, the CRISIS,
and American History


de Amy Helene Kirschke  e Phillip Luke Sinitiere,
edição da  University of Missouri, $ 4o.88

Apresentação do editor: «In looking back on his editorship of Crisis magazine, W. E. B. Du Bois said, “We condensed more news about Negroes and their problems in a month than most colored papers before this had published in a year.” Since its founding by Du Bois in 1910, Crisis has been the primary published voice of the NAACP. Born in an age of Jim Crow racism, often strapped for funds, the magazine struggled and endured, all the while providing a forum for people of color to document their inherent dignity and proclaim their definitive worth as human beings.
As the magazine’s editor from 1910 until 1934, Du Bois guided the content and the aim of Crisis with a decisive hand. He ensured that each issue argued for civil rights, economic justice, and social equality, always framing America’s intractable color line in an international perspective. Du Bois benefited from a deep pool of black literary and artistic genius, whether by commissioning the visual creativity of Harlem Renaissance artists for Crisis covers or by publishing poems and short stories from New Negro writers. From North to South, from East to West, and even reaching across the globe, Crisis circulated its ideas and marshaled its impact far and wide.
Building on the solid foundation Du Bois laid, subsequent editors and contributors covered issues vital to communities of color, such as access to resources during the New Deal era, educational opportunities related to the historic Brown decision, the realization of basic civil rights at midcentury, American aid to Africa and Caribbean nations, and the persistent economic inequalities of today’s global era.
Despite its importance, little has been written about the historical and cultural significance of this seminal magazine. By exploring how Crisis responded to critical issues, the essays in Protest and Propaganda provide the first well-rounded, in-depth look at the magazine's role and influence. The authors show how the essays, columns, and visuals published in Crisis changed conversations, perceptions, and even laws in the United States, thereby calling a fractured nation to more fully live up to its democratic creed. They explain how the magazine survived tremendous odds, document how the voices of justice rose above the clamor of injustice, and demonstrate how relevant such literary, journalistic, and artistic postures remain in a twenty-first-century world still in crisis.»
 
sobre W.E.B. du Bois
ler aqui

 Dr. W. E. B. Du Bois Joins Communist Party at 93
ler aqui

04 junho 2014

Aqui estou eu a dar ...

... três respostas para uma
pergunta viciada e viciosa



Por ordem de eficácia:

1. O governo demite-se e são convocadas eleições antecipadas que possam dar origem a um governo que respeite a Constituição em vez de permanentemente a afrontar;

2. O Tribunal Contitucional, indo mais longe do que as «dicas» que, a meu ver, já tem erradamente dado ao governo, elabora um manual de sobrevivência do governo com 485 páginas;

3. Os juízes do TC passam a exercer  em part-time funções de assessoria no Ministério das Finanças.

Nem mais uma palavra

800 mil crianças !




relatório aqui

Foto na 1ª página do Público de hoje
confirmando aquilo que eu nunca
contestaria: ou seja, que gostam todos
muito de crianças, as suas políticas
é que nem por isso
.

03 junho 2014

É Marco António Costa que o confessa

Reunião de Conselho de
Ministros de 17 de Maio e
relógio de Portas sobre a "saída
da troika" eram pura fantochada



O governo mais gostosamente fora da lei

Portas confundiu tudo:
o seu famoso relógio era para
a saída da troika e não para
o fim dos deveres do TC



02 junho 2014

Espanha - última hora

"No hay dos sin tres,
República otra vez"




manifestações convocadas hoje mesmo

 80 cartazes não bélicos
da República espanhola

aqui

Espanha e a monarquia

Tempo de virar a página
até porque o "golpe de Tejero"
já foi há 33 anos

imagem no topo do sítio da Esquerda Unida



aqui no Publico.es

P.S:: as aspas no "golpe de Tejero" são porque outras mais altas patentes é que dirigiram o golpe.

01 junho 2014

Para o seu domingo, a britânica

Johanna Graham



Mais 10 tracks aqui

Daniel Oliveira trocando tudo

Lamento mas assim a
conversa vai ficar envinagrada



Na edição online do Expresso de 28 de Maio, Daniel Oliveira publicou um artigo de que só consigo ter acesso a isto

e a mais isto relatado no Facebook por João Vasconcelos-Costa : «Na crónica de Daniel Oliveira que já aqui referi, do Expresso de 28 de Maio, defende-se a criação de um novo partido para aliança com o PS (não percebo porque não é o Livre, que assumiu essa missão) porque “toda a gente que sabe alguma coisa de política sabe que não se faz unidade com o PCP” e que, “outras pessoas [JVC – eu diria que a maioria dos que querem a convergência] estão a falar de unidade de toda a esquerda, incluindo o PS. E isto é apenas um absurdo.”

De qualquer modo, é quanto me basta para me assinalar a gravidade de certas afirmações repare-se bem na corda dada à ideia chantagista sublinhada no fim da imagem em cima) e registar o que me parece uma evidente deriva ou «evolução» política de Daniel Oliveira que não cuido agora de prever onde possa terminar.

De facto, até há algum tempo, Daniel Oliveira pertencia àquele numeroso grupo de democratas que, sabendo tudo que eu sei e tendo por vezes criticado o PS com mais violência do que eu, se entretinham (e muitos ainda se entretêm) em repartir equitativamente as responsabilidades pelo PCP e pelo PS quanto à falta de entendimento à «esquerda». Agora, pelo teclado de Daniel Oliveira, a coisa já parece fiar mais fino pois, segundo ele, há « um PCP indisponível para entendimentos de governo» e  toda a gente sabe que «com o PCP não se faz unidade».

Ora, como toda a gente sabe, é o PS que tem um valiosíssimo e imenso património de defesa da unidade à esquerda que passa desde as relações cortadas com o PCP desde a revisão constitucional de 82 até à eleição como secretário-geral do PS de Jorge Sampaio, pelos seus governos com o PSD e o CDS, pela sua aliança com o PSD contra a gestão APU em 40 municipios em 1985 quando Cavaco Silva já era líder do PSD e primeiro-ministro, and so on, and so on, cala-te boca se não chamam-te sectária.

E, depois, quero dizer com uma firmeza clara que honesto seria Daniel Oliveira discordar dos conteúdos políticos que o PCP coloca em cima da mesa para os entendimentos governamentais ou outros mas já é sumamente pouco ou nada honesto vir atribuir ao PCP uma indisponibilidade do PCP para entendimentos governamentais, quando é precisamente o contrário que, sob diversas fórmulas, consta de diversos programas eleitorais apresentados pelo PCP

Por cinco ou seis  vezes, em torno desta temática, fiz aqui neste blogue o desafio que a seguir repito:

Até hoje ninguém dos visados se deu ao trabaho (ou à coragem ?) de me responder. Nessa altura, eu estava convencido que o saldo das respostas a este desafio, por razões de verdade e coerência, não poderiam deixar de mostrar uma muito maior coincidência com posições concretas do PCP e do BE do que com as posições do PS, o que logo mataria a repartição equitativa de responsabilidades na «falta de unidade». Mas agora, pelo que ando lendo e vendo,  já não sei porque, entretanto, quem sabe se não chegou a Portugal o vírus da conveniente amnésia.

Adenda em 3 de Maio: ver na caixa de comentários a resposta de Daniel Oliveira e a minha réplica.

31 maio 2014

«Primárias abertas» no PS

Abertura por abertura,
deixem-me candidatar à coisa !
 

Como muitos leitores saberão, o que caracteriza as chamadas «primárias abertas» que na Europa alguns partidos já realizam para escolher o seu dirigente máximo ou o seu «candidato a primeiro-ministro» (com aspas porque é a invenção de uma inexistência !) é a possibilidade de, para além naturalmente dos militantes, serem abertas à particpação e voto de qualquer cidadão que pague uma quantia simbólica e que assine uma vaga declaração de consonância com o partido em causa (e que, como se calcula, tem tanto valor e significado como a declaração anticomunista que os funcionários públicos tinham de assinar sob o fascismo).

Não tenho a certeza mas suponho que nesses partidos se podem votar não militantes já os candidatos terão de ser militantes. 

Ora, acho que estava na hora de o PS ir mais longe e permitir que se possam também candidatar não militantes.

Nesse caso, eu estaria disposto a voltar a assinar uma coisa que não corresponde às minhas ideias e ponderaria candidatar-me a líder ou «candidato do PS a primeiro-ministro». E depois tentaria mobilizar a famosa «máquina comunista» para que milhares de camaradas meus, fazendo das tripas coração, fossem votar em mim nas primárias abertas do PS.

Vá lá, PS, isso é que era ganhar o campeonato da «abertura» !