29 abril 2023

Muito elucidativo

A comunicação
 social e o Chega
~

 
Hoje no «Público» um (trabalhoso) artigo de Bárbara Reis demonstrando estatisticamente como o Chaga tem sido favorecido pelos «media».

28 abril 2023

Muito revelador

 Um vice do PSD
 sobre o Chega

«M.P.L. [Miguel Pinto Luz] afirma que não lhe cabe avaliar se o Chega é ou não racista e xenófobo, mas Luís Montenegro – quando lhe perguntam se fará entendimentos com o partido – costuma esclarecer que não se entenderá com partidos racistas e xenófobos. Em que ficamos? São ou não são capazes de fazer essa avaliação?

O que vos quero dizer é que o PSD continua a navegar na ambiguidade, continua a não esclarecer. Ao mesmo tempo, os seus dirigentes manifestam irritação por lhes continuar a ser feita a mesma pergunta. Seria tão fácil pôr termo a este assunto: com duas frases, Luís Montenegro silenciava o país. Mas não. Pretendem que seja a comunicação social, a generalidade dos portugueses e sobretudo o PS a parar de falar no Chega e de equacionar cenários, ou seja, a fazer de conta que está tudo esclarecido.

Se as mesmas perguntas continuam a ser feitas mês após mês, é porque nunca foram inequivocamente respondidas. E, se assim foi, é porque o PSD está preparado para fazer o entendimento que a maioria do país teme e de que o Chega se gaba à boca cheia.»

- Carmo Afonso no «Público»


O resto é conversa fiada

 Não, a grande noticia
do 25 de Abril não foi
o terrorismo do Chega,
 foi a imensidão do desfile
na Av . da Liberdade


«Portugal saiu envergonhado, o Chega deu o seu espetáculo e conseguiu tornar-se o centro das atenções da comemoração do Dia da Liberdade e da democracia.» (Susana Peralta no «Público»)

Coisa nunca vista para aquelas bandas

 Noam Chomsky na capa:
o «Público» perdeu a cabeça !


1927-2023

 Harry Belafonte
1927-2023


Uma grande voz, um grande combatente pelos direitos civis, um homem de esquerda. 

26 abril 2023

Olha a Iniciativa Liberal

 A IL e o 25 de Abril

«25 de Abril sempre, diz Rui Rocha . Mas que demonstra ele saber sobre o 25 de Abril? Nada. O povo quis uma sociedade nova e confrontou as classes dominantes – banqueiros, industriais e latifundiários – pondo em causa o seu domínio, poder e propriedade. Se recuasse no tempo, nesta luta, de que lado estaria Rui Rocha? Não é difícil de adivinhar: os interesses económicos que defende e apregoa estavam no lado do fascismo e do colonialismo, nunca no do povo.

Para pessoas como Rui Rocha, o 25 de Abril é uma data estética onde vão colher aquilo que lhes interessa e dá jeito, ignorando o resto, ou seja, a sua matéria-prima. Assim é fácil celebrar qualquer coisa. Basta fazer de conta que uma coisa é outra coisa e ainda ter o atrevimento de ofender os que têm razões acrescidas para a celebrar. É fácil, mas é feio.»

- Carmo Afonso no «Público»

25 abril 2023

25 de Abril na A.R.

 Um notável discurso
de Manuel Loff (PCP) na AR

«(...)A democracia está há anos ameaçada, de novo, pelo fascismo de cuja sombra nos julgávamos ter libertado por todo o mundo há 80 anos, ou, justamente, há 49 anos em Portugal. É ilusório julgarmos que o assalto da extrema-direita fascista está a fazer ao poder deixa incólume a democracia. O exemplo da luta que os democratas brasileiros tiveram de travar para, graças à extraordinária persistência humana do Presidente Lula da Silva que aqui esteve presente esta manhã, derrotar o que foi a maior ameaça, absolutamente real, contra a democracia brasileira desde o fim da ditadura civil-militar, diz bem dos perigos que a extrema-direita representa. Violência e ameaças sobre adversários políticos, ataque aos direitos sociais e cívicos, assassinato de ativistas. Importa, pois, que quando se celebra a democracia e a liberdade não se desvalorize o significado desta ameaça, trivialize a mentira, a manipulação, o racismo, o branqueamento dos crimes e da violência fascista e colonial do passado, o oportunismo descarado ao fingir defender hoje o que no passado sempre rejeitou.» (ler ou ver e ouvir aqui)

49 anos depois, a força imensa do 25 de Abril

 25 de Abril na Avenida:
um desfile extraordinário
e inesquecível. Só visto e vivido,
contado não tem graça



Chega de chega

 Fascistas nunca mais !


« E neste sentido é justo afirmar que os ideais e valores do 25 de Abril são tanto mais necessários quanto é certo e sabido que há hoje em Portugal uma força política que escolheu como lema o «Deus, Pátria, Familia» do fascismo. que é financiada pelos empresários mais retrógados, que é campeã do racismo e da xenofobia, que é admiradora de Trump, de Bolsonaro e dos franquistas do VOX espanhol e que só cavalga problemas e insatisfações reais não para lhes dar solução mas para espalhar a provocação, a arruaça, o ódio, o preconceito e a intolerância.»

- palavras deste vosso criado no desfile do 25 de Abril organizado esta manhã pela URAP em Vila Franca de Xira.

25 de Abril

 Sempre, sempre
no nosso coração

no Porto, às 15 hs, com inicio no
 Largo Soares dos Reis

24 abril 2023

Chico em Portugal

Em 1980,
ele cantou na
Festa do Avante !


Chico Buarque hoje no Palácio de Queluz : « Recebo este prêmio menos como uma honraria pessoal, e mais como um desagravo a tantos autores e artistas brasileiros humilhados e ofendidos nesses últimos anos de estupidez e obscurantismo.»


O DN em 2018 : «Chico Buarque regressa a Portugal este mês, 38 anos depois de ter ficado "apavorado", e depois rendido, com uma das maiores plateias da sua vida, num concerto de "clima perfeito" e pelo qual nem cobrou cachê.O concerto, o primeiro de Chico Buarque em Portugal depois do 25 de Abril de 1974, reuniu uma "embaixada" de músicos brasileiros, com Edu Lobo, os MPB 4 e Simone, como conta o organizador da festa anual do PCP, Rúben de Carvalho: "O Chico é um pai de santo, vai toda a gente atrás".Para o "clima perfeito" terão concorrido o momento histórico, com os "brasileiros cheios de 'pica'" contra a ainda vigente ditadura militar - rumo ao movimento "Diretas, já"-, aponta Rúben de Carvalho, a química entre os músicos gerada numa viagem recente a Angola, ainda muito presente, e a emoção da morte de Vinicius de Moraes, dias antes do concerto que se realizou no Alto da Ajuda, então recinto da Festa do Avante!."A determinada altura levantava o auscultador do telefone e era do Rio de Janeiro. Eu só perguntava 'quantos são?' Esteve para vir o Djavan, também, mas depois não se concretizou. Estava um bocado assustado com o que aquilo ia custar, mas o Chico não levou nada", recorda Rúben de Carvalho.»

23 abril 2023

Magnificas

 Quem puder não perca
no «Público» de hoje a
entrevista  de Uliano Lucas
 e as suas fotos da guerrilha
 do PAIGC  e do 
25 de Abril
 e 1º de Maio em Portugal




21 abril 2023

Dia sim, dia não

Muito fala ele
 de «dissolução»


Ana Sá Lopes em newsletter do «Público» :

19 abril 2023

De Marcelo para Marcello

 50 anos depois,
espera-se que tenha
mudado de opinião


Carta de Marcelo Rebelo de Sousa a
 Marcelo Caetano em m
eados de Abril de 1973

«Excelentíssimo Senhor Presidente (do Conselho),

Excelência,

Pedindo desculpa do temp que tomo a Vossa Excelência, vinha solicitar alguns minutos de audiência (…). Seria possível, Senhor Presidente, conceder-me os escassos minutos que solicito? (…) Acompanhei de perto (como Vossa Excelência calcula), as vicissitudes relacionadas com o Congresso de Aveiro, e pude, de facto, tomar conhecimento de características de estrutura, funcionamento e ligações, que marcam nitidamente um controle (inesperado antes da efectuação) pelo PCP. Aliás, ao que parece, a actividade iniciada em Aveiro tem-se prolongado com deslocações no país e para fora dele, e com reuniões com meios mais jovens.

Como Vossa Excelência apontou, Aveiro representou, um pouco mais do que seria legítimo esperar, uma expressão política da posição do PC e o esbatimento das veleidades «soaristas».

O discurso de Vossa Excelência antecipou-se ao rescaldo de Aveiro e às futuras manobras pré-eleitorais, e penso que caiu muito bem em vários sectores da opinião pública.

Com os mais respeitosos e gratos cumprimentos,

Marcelo Rebelo de Sousa»

(in «Cartas Particulares a Marcello Caetano», organização e selecção de José Freire Antunes, vol. 2, Lisboa, 1985, p. 353 )



Batalhões de jornalistas fazem o mesmo

 Última hora : o PCP
é liderado por Montenegro

Está quase a fazer 17 anos que, em artigo no «Público», desanquei nesta grotesca mas frequentíssima mistificação. Os sete leitores interessados podem lê-lo aqui

18 abril 2023

Afinal

A oposição tinha razão

Este aumento agora decidido com carácter excepcional sõ vem comprovar que a oposição tinha razão quando anteriormente acusou o governo de preparar para 2024 uma quebra real no valor das pensões.

15 abril 2023

Esclarecimento

 Informo os leitores de que,
 na sua entrevista â CNN,
 Montenegro nunca usou
a palavra Chega

(Expresso)

13 abril 2023

Alimentos

 Se não me engano, o IVA
 zero vai ser um flop

«Mas a verdade é que, mês após mês, os preços não deixaram ainda de registar uma tendência constante de subida e isso é particularmente evidente no que diz respeito aos bens alimentares.» («Público»)

                                   ( Jornal de Negócios)

Agulha no palheiro

 Encontrei um contentinho
 com a actual situação: é da UGT

Caso «assédio»

 O «Público» pior
 que o «Correio da Manhã»

11 abril 2023

Sobre uma tese de Fernando Rosas

 Com atraso, um ajuste
de contas necessário

Em várias obras do historiador Fernando Rosas há muitas vezes uma ostensiva desvalorização do papel do PCP na luta contra a guerra colonial. O mesmo acontece no seu ensaio integrado na obra colectiva «O Século XX português» onde se afirma que
«A primeira é a do anticolonialismo tardio do antifascismo português. O PCP só em 1957, na esteira do XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), adopta uma posição de claro reconhecimento do direito à autodeterminação e independência dos povos das colónias. E mesmo assim essencialmente retórica, para não comprometer a sua politica de aliança com a oposição liberal. São a esquerda radical e a resistência católica que trazem a luta contra o colonialismo e a guerra para o centro da luta política antifascista em Portugal no inicio dos anos 70.»
Embora com considerável atraso, julgo ser chegado o tempo de pôr os pontos nos is em relação a esta perversa tese. Assim:
1. É um facto que só em 1957, no seu V Congresso, o PCP proclamou explicitamente o direito dos povos coloniais à independência mas é compreensível que o não tivesse feito antes quando ainda não existia nas colónias um significativo escol de naturais já em luta contra a situação colonial. De qualquer modo, o «só em 1957» tem de ser equilibrado com o facto indiscutível de que, entre 1921 e 1957, nunca o PCP assumiu posições colonialistas. Basta dizer que, por exemplo,nas suas Bases Orgânicas aprovadas em 1921, já o PCP defendia «a preparação e promoção da emancipação completa dos povos indígenas das colónias.» (ver mais aqui). Acresce que só por impenitente preconceito pode F. Rosas classificar como  «eminentemente retóricas» todas as actividades do PCP de propaganda anti-guerra colonial, os seus apoios à organização de deserções colectivas e os seus esforços para dotar o Partido de uma organização dentro das Forças Armadas. Ao menos seria de esperar que F. Rosas por exemplo não considerasse «eminentemente retórica» a destruição de 28 aeronaves pela acção da ARA em Março de 1971 na Base de Tancos.

2. Igualmente sem qualquer fundamento é a tese de F. Rosas de que o PCP seria apenas «retórico» em relação à guerra colonial «para não comprometer a sua politica de aliança com a oposição liberalNa verdade é preciso compreender que os entendimentos do PCP com outros sectores antifascistas se verificavam sobretudo nos períodos de farsas eleitorais que representam uma pequeníssima parte da duração do fascismo português. E que, fora desses períodos o PCP sempre manteve a sua coerente atitude contra a guerra e o colonialismo. Aliás no período da guerra colonial (1961-1974) houve quatro farsas eleitorais e em duas delas (1969 e 1973) os comunistas integraram comissões democráticas eleitorais (CDE)com uma firme e combativa orientação anticolonial. 

3. Pelo exposto anteriormente facilmente se percebe como é infundada a tese de Rosas de que  «são a esquerda radical e a resistência católica que trazem a luta contra o colonialismo e a guerra para o centro da luta política antifascista em Portugal no inicio dos anos 70.» Eu não desvalorizo designadamente as acções e iniciativas da resistência católica contra a guerra colonial mas deveria caber a F. Rosas explicar porque é que não classifica de «retóricas» as posições das duas correntes políticas que invoca.

10 abril 2023

O presidente que temos

 "Não faz sentido estar a falar"
mas ele fala que se farta

(TSF)

08 abril 2023

Bons negócios

 440.000 euros para o Covões


»A Câmara de Coimbra vai votar, na próxima terça-feira, a atribuição de um apoio financeiro no valor de 440 mil euros à Everything is New, a promotora responsável pela realização de quatro concertos dos Coldplay na cidade dos estudantes.» (Público)

TAP, TAP, TAP

 A preço de saldo

«Reparem que, à direita não interessa nada que os portugueses se concentrem. Este ruído de sucessivas revoltas por isto, e mais tarde por aquilo, é muito mais conveniente. Tudo o que conserve a aura de escândalo e de ruína por causa do maldito socialismo. É este défice de atenção tuga que permite à direita não ser consistente: querem que se saiba tudo sobre a TAP, mas não no período em que havia um governo de direita; querem a privatização, mas declaram e reiteram que a empresa é um buraco. Pobre TAP. Vai para os privados e a preço de saldo.» (Carmo Afonso no «Público»)

05 abril 2023

Maravilhas da saúde privada

 Afinal...

«No primeiro trimestre do ano, foram dirigidas às entidades de saúde públicas e privadas quase 1.300 reclamações, um crescimento na ordem dos 62% face a 2019, revela uma análise do Portal da Queixa ao setor da Saúde. Problemas no atendimento, tratamento clínico indevido, dificuldades no agendamento, cobrança indevida e falta de informação estão entre os principais motivos de reclamação dos utentes. Os prestadores de saúde privados são os que absorvem mais queixas, registando uma subida na ordem de 220%, em relação a 2019. 

Relativamente ao sistema privado, a motivar a insatisfação sobre os prestadores de cuidados de saúde estão sobretudo queixas por cobrança indevida (20,1%); a demora no atendimento (19,1%); a falta de informação (12,1%) e o tratamento clínico indevido a recolher 9,1% das reclamações geradas no primeiro trimestre.  

De acordo com os dados referentes aos serviços prestados por hospitais públicos e privados, centros de saúde e clínicas médicas, verificou-se que o sistema privado é o mais visado, ao ser alvo de 480 reclamações durante o primeiro trimestre, registando uma variação de crescimento de 220%, em relação ao mesmo período de 2019, onde registou apenas 150 queixas. No sistema público, observa-se a mesma tendência, com uma subida na ordem dos 28,41%. Foram 352 reclamações em 2019 e, 452 queixas este ano.»

04 abril 2023

Um novo livro da URAP

 Hoje, às 18 hs.,
 no Museu do Aljube

Sessão de apresentação do livro editado pela URAP "A caminho do 25 de Abril/50 anos do 3º Congresso da Oposição Democrática" no Auditório do Museu do Aljube com a participação de Vítor Dias, Helena Neves, Arons de Carvalho e Cdte. Simões Teles.

03 abril 2023

02 abril 2023

50 anos depois sem televisão

 Ontem em Aveiro foi assim

Mais de quinhentas pessoas, entre as quais muitas dezenas de jovens, assistiram ontem no Centro Cultural e de Congressos de Aveiro à sessão evocativa dos 50 anos do 3º Congresso da Oposição Democrática.Mas fique-se a saber que nem uma televisão compareceu no que foi uma bela jornada democrática.

01 abril 2023

Não faças o que eu digo, faz o que eu faço

 Espantoso !

A afirmação foi feita numa reunião da tendência sindical socialista na CGTP num momento em que António Costa se esqueceu das vezes em que ele e os seus ministros das finanças repetidamente proclamavam que subir os salários era provocar uma espiral inflacionista.