30 abril 2020

Breve história de um "filantropo"

«Roubar em grande e
restituir em pequeno
 é a filantropia"

Paul Lafargue
«Bernard Arnault. símbolo da falsa
 generosidade dos milionários»
«Bernard Arnault, a primeira fortuna da França, que se dizia ser pouco mdiático, recentemente multiplicou as declarações. Diante da pandemia e da escassez, o homem comunicou sobre o fornecimento, pelo seu grupo LVMH, de gel hidroalcoólico, máscaras e testes para hospitais franceses. Mais recentemente, ele relatou que estava cortando dois meses de salários como CEO da LVMH, abrindo mão de todos prémios  variáveis até 2020 e cortando dividendos em 30%.  (...)
Bernard Arnault é um sonegador de impostos. 81% das acções de seu grupo pessoal estão alojadas na Bélgica, um paraíso fiscal no coração da Europa, onde os impostos sobre acções e propriedades estão no nível mais baixo de todos os tempos. O Grupo LVMH possui mais de 200 subsidiárias offshore. A imagem do generoso bilionário não deve obscurecer a realidade: a de uma ganância devoradora satisfeita às custas do contribuinte e, portanto, dos franceses.
O homem professa um liberalismo desinibido, mas ele nunca hesita em bombear o financiamento público: a mídia de seu grupo de imprensa atualmente beneficia do desemprego parcial. Então é o Estado, em outras palavras, nós, que pagamos esses funcionários, enquanto os dividendos fluem. E essas práticas não são diferentes das dos outros gigantes do CAC 40: os exemplos de grandes grupos franceses que continuam a pagar dividendos monumentais enquanto usam paraísos fiscais (Total) ou desemprego parcial (Vivendi) estão bem à vista.
Mais em francês aqui


notícia da RTP em 2012 colocada 
no Facebook pelo meu amigo Macedo Varela

No meio de tanto drama social e desgraça...

... talvez a única coisa boa
que a pandemia trouxe e...
-




- Amílcar Correia, em editorial do «Público»


Nota : esclareço que toda a vida me recusei a usar a expressão «Estado-Providência». Com efeito, certamente por ignorância minha, nunca percebi porque é que «Welfare State» (Estado de Bem estar) foi traduzido para «Estado-Providência».


... o Estado
passou a ser óptimo

manchete do «Público» de 30.4

29 abril 2020

O grande sócio de Trump

Um na América do Norte,
outro na América do Sul


27 abril 2020

26 abril 2020

Para o seu domingo

A nova canção dos
Rolling Stones :
«Living in a Ghost Town»

Falsa questão

Claro que não tem donos
mas também não podemos pôr o "Observador" de cravo ao peito






25 abril 2020

Um dia a menos de liberdade

Há 46 anos, o dia
vivido em Caxias



Há 46 anos, o 25 de Abril só chegou aos que estavam presos em Caxias cerca das 7 da manhã de dia 26. Não que não soubessem que algo de  estranho se estava a passar. Com efeito, a seguir ao almoço, o meu companheiro de cela esmurrou a porta com violência para reclamar pela falta do «recreio» e chegou o chefe dos guardas que, em estado de grande nervosismo, comunicou quase gaguejando que recreio não havia. Depois vimos a patrulha da GNR que vigiava o morro traseiro ser reforçada com mais um elemento, agora todos de capacete (o que não era habitual) e dupla cartucheira. Eu até tinha recebido no final de Março a informação de que o movimento dos capitães , apesar do 16 de Março, continuava com os seus projectos e tinha também, recebido a informação essencial sobre os principais pontos do Programa do MFA. Mas nem isso me ajudava porque também sabia dos riscos de um golpe do Kaúlza de Arriaga. O resto dia até à noite foi passado com grande troca de palavras entre os presos de toda aquela ala. E já ao fim da noite é que o José Tengarrinha gritou que havia uma mensagem exterior de claxon (soube depois que era o Carvalhas e outro economista de nome Ferreira)  que falava de «Governo» mas o resto ficou imperceptível. E assim chegou a pior noite da minha vida (a segunda foi em 28 de Setembro de 1974), dominada pelo terror de eventuais represálias da PIDE. O José Tengarrinha explicou uma vez que não se barricou porque não valia a pena dado que a porta da cela abria para fora. E era verdade mas, ainda assim, eu e o João Pedro barricámo-nos com o armário da cela. E, claro, o susto só terminou com a chegada de manhã cedo pelo lado exterior (voltado para o morro) da cela de dois fuzileiros. Aí não precisei de saber mais nada: com fuzileiros não podia ser golpe do Kaúlza. Era mesmo o 25 de Abril porque tinhamos lutado com o programa, mais coisa menos coisa. que me tinha sido comunicado. A liberdade definitiva e total só chegaria depois à uma damanhã de dia 27.
a

A nossa data

Marcha do MFA




Hoje, às 15 hs, cantar a
 Grândola e o Hino Nacional
nas varandas e janelas


24 abril 2020

Não vás ao médico, não !

Dizem que é o Presidente
 de uma grande nação...
Público online
Trump : « primeiro eu vou injectar
desinfectante nos teus pulmões,
depois atingir o interior do teu corpo
 com raios ultra-violeta»
no papel da parede:  «Escola de Medina Trump»

Seria terrível

Do que o 25 de Abril
de 1974 nos livrou

Só por causa das confusões esclareça-se que na notícia o primeiro-ministro rejeita as formas mais perigosas de controlo à distância.

23 abril 2020

Últimos cartuchos de uma polémica

A senhora ensandeceu ?


A senhora da «suspensão da democracia por seis meses». ou seja a dra. Manuela Ferreira Leite brindou-nos ontem na TVI24 como uma originalíssima solução alternativa para as celebrações do 25 de Abril na AR. Nem mais nem menos, expressamente inspirada pela cena do Papa sozinho a celebrar a Páscoa, perante uma Praça de S. Pedro vazia, propôs que o Presidente da República discursasse perante um plenário da AR vazio. 
Cansado da gastar cera com tão ruins defuntos, observo apenas que a República Portuguesa não é a Igreja Católica, que Marcelo Rebelo de Sousa não é o nosso Papa nem o nosso papá, que no Vaticano não há deputados e que a sua proposta seria um golpe profundo e de tremendas consequências na imagem do que é a democracia portuguesa. 
Tudo visto, recomendo apenas à dra. Manuela Ferreira Leite que passe a usar o champô H&S que, segundo a sua publicidade, «mantém a cabeça limpa».


Este post assenta que
 nem uma luva à senhora que
escreve isto no Expresso online



22 abril 2020

Vem aí um novo disco rachado

E, pronto, já cansados
da polémica sobre o
25 de Abril, agora
 voltam-se para o 1º de Maio

Quem assim escreve fala do que não sabe e prefere a especulação à informação responsável e fidedigna. E sobretudo omite que a CGTP já declarou em 14 de Abril o seguinte : «Esta Jornada Nacional de Luta terá um vasto conjunto de componentes de informação, denúncia e reivindicação, nos locais de trabalho e nas ruas, com muito ampla divulgação digitalE, não sendo possível realizar as manifestações e concentrações que juntariam muitos milhares de trabalhadores em todo o País, iremos dar expressão à indignação, protesto e reivindicações dos trabalhadores nas mais diversas formas. Estaremos na rua, garantindo as necessárias medidas de protecção e distanciamento.» E, em 19 de Abril, explicitou mesmo que «Como dissemos na nossa Declaração de 14 de Abril sobre o 1º de Maio, a CGTP-IN não irá realizar as manifestações, concentrações e desfiles.»
E não é preciso ser muito criativo para imaginar que tipo de acções poderá a CGTP organizar que respeitem aquele seu compromisso solene e que certamente serão em concreto divulgadas até ao 1º de maio já que ainda faltam oito dias. Não se afobem nem enervem.

21 abril 2020

Está tudo bem assim

A pandemia secou a
 criatividade dos publicitários


Novo slogan do Pingo Doce
Slogan da campanha 
de Luís Montenegro no PSD

20 abril 2020

Mais sobre o 25 de Abril na AR

Tão criativos que eles são !

(...)

(...)
- André Lamas Leite no «Público»
Como se vê, entre os que fazem campanha contra a celebração do 25 de Abril na AR, há os que sentem a necessidade de oferecer soluções alternativas debaixo daquele principio de que há que ser criativo e que a situação da pandemia é a mais indicada (?) para isso.

Curioso é que todos o façam sem nunca se darem ao trabalho de contestarem de forma fundamentada e séria a evidência de que o modelo proposto para este ano garante perfeitamente regras de contenção e distanciamento (*). E sem que nos expliquem porque é que a AR pode reunir para decretar estados de emergência ou discutir projectos de lei sobre a pandemia e já não pode reunir para homenagear o 25 de Abril.

Nesse âmbito, vem agora por exemplo André Lamas Leite defender o modelo alternativo da salinha televisionada (não o Plenário) em que só usariam da palavra o PR e o Presidente da AR. Por mim, sentencio que as soluções ditas «criativas» raramente são inocentes. É que a AR é muito mais que o seu Presidente, é a representação nacional, por isso é plural e sobre o 25 de Abril há visões plurais pelo que impedir os discursos dos partidos seria uma intolerável amputação e deturpação. 

Dito isto, não ignoro que. no essencial, nesta polémica sobre o 25 de Abril na AR o filme está feito com  emoções e embirrações (fruto do longo confinamento ?) a prevalecerem sobre uma argumentação que, apelando à racionalidade, apela sobretudo ao respeito pelo lugar que o 25 de Abril deve ocupar na vida das instituições, do povo e do país.

(*) Deputados e convidados estarão a uma distância entre si porventura superior a que têm, nos seus locais de trabalho e transporte, as centenas de milhar de portugueses que vão trabalhar todos os dias.

19 abril 2020

Para o seu domingo...



... a música mais inadequada
 aos tempos que vivemos


A resposta é negativa

"O novelista Douglas Kennedy denuncia a gestão de Trump neste “crepúsculo virulógico dos deuses» e vaticina  um pesadelo para milhões de norte-americanos"


«(...) Desde las reaganomics de los ochenta [la política económica de inspiración neoliberal del entonces presidente], la otrora próspera y estable clase media americana ha sido destruida. Manhattan, mi isla natal, estuvo habitada en su día por familias de clase obrera. En mi familia éramos cuatro y vivíamos en un apartamento de 60 metros cuadrados. Ahora mismo, Manhattan solo es accesible para los ricos. Hoy, para vivir como un joven artista en cualquier ciudad importante de América, tienes que vivir de rentas o tener dos o tres trabajos a la vez. Y, en lo más profundo de Estados Unidos, la lucha por la supervivencia económica es dura en el contexto del monocultivo hipermercantil. ¿Se derrumbará el capitalismo estadounidense como un castillo de naipes cuando sea atenuado el Covid-19? Mis amigos de la izquierda estadounidense ven una esperanza en la inminente carnicería; la esperanza que puede provocar un cambio radical, un New Deal para sacar al país de una inmensa depresión. Por supuesto, a mí también me encantaría ver semejante cambio de rumbo a nivel nacional, igual que vi con consternación cómo la mayoría republicana en el Senado trató de torcer el plan de rescate de las grandes multinacionales a expensas de los trabajadores que ahora están en plena caída libre económica. (...) »

ler artigo integral aqui no «El País»

18 abril 2020

Atenção aos factos

Sobre
o 25 de Abril na AR
Não, não venho dizer que toda a contestação que por aí vai à celebração do 25 de Abril na AR seja fruto de ódio ao 25 de Abril pela simples razão de que infelizmente já encontrei nas redes sociais muitos democratas a partilharem dessa hostilidade à celebração.

Prefiro antes pensar que estamos perante um daqueles casos um pouco inexplicáveis de fuga aos factos.

Porque a verdade é que, no dia 25 de Abril, tirando os cravos e um número muito limitado de convidados, a AR vai estar exactamente como tem estado nos dias em que tem reunido ou, para ser mais exemplificativo, quando decidiu os estados de emergência, sem que ninguém tivesse contestado o seu funcionamento nos novos moldes.

Os oponentes da celebração só têm duas hipóteses: ou contestam com fundamentos a verdade do parágrafo anterior ou, não a contestando, reconhecem que a sua oposição não tem nenhuma justificação. Assobiar para o lado é que não 
vale.

E, neste contexto que ponho à honesta consideração de todos os oponentes da celebração, só venho dizer que feio sinal seria que a AR não comemorasse o 25 de Abril data maior e incomparável da nossa vida como povo e nação.

Adenda : as comemorações do 25 de Abril serão mais pobres este ano ? Sem dúvida que serão ! Mas não é porque a AR vai estar meio vazia, é porque, dadas as circunstâncias, não vai haver os desfiles populares que são uma incomparável marca de água das raízes poderosas do 25 de Abril no imaginário colectivo. É deles que vou sentir falta.


Já agora. reparem no 
desplante deste mercenário

Há uma coisa que estes novembristas nunca fizeram nem fazem : convocar uma manifestação no 25 de Novembro. Por alguma razão.

Porque hoje é sábado ( )

Benjamin Deschamps

A sugestão musical deste sábado vai para o
saxofonista canadiano
Benjamin Deschamps

17 abril 2020

1º de Maio

Ler é o melhor remédio

De Paulo Portas na TVI, armado em grande epidemiologista, a não sei quantos maduros nas redes sociais não falta quem ande a levantar fantasmas e suspeições sobre a CGTP e o 1º de Maio. Mas bastava ler o comunicado da CGTP para concluirem que era melhor ficarem quietos e calados :

«É nesse sentido que a CGTP-IN apela à mobilização dos trabalhadores para uma grande Jornada Nacional de Luta, com o lema: DEFENDER A SAÚDE E OS DIREITOS DOS TRABALHADORES – GARANTIR EMPREGO / SALÁRIOS / SERVIÇOS PÚBLICOS.
Esta Jornada Nacional de Luta terá um vasto conjunto de componentes de informação, denúncia e reivindicação, nos locais de trabalho e nas ruas, com muito ampla divulgação digital.
E, não sendo possível realizar as manifestações e concentrações que juntariam muitos milhares de trabalhadores em todo o País, iremos dar expressão à indignação, protesto e reivindicações dos trabalhadores nas mais diversas formas. Estaremos na rua, garantindo as necessárias medidas de protecção e distanciamento.»

16 abril 2020

Donald Trump

Era uma vez um fala-barato
 que deu em queixinhas


Trump - «É tudo uma farsa ! O coronavirus
vai desaparecer magicamente!»

-senhor, as pessoas estão a morrer,
 é preciso fazer alguma coisa
.
Trump - « precisamos de confinar o país
 para segurança de todos os americanos !»

- senhor, as suas empresas estão fechadas
 e a perder milhões !»

Trump - «como eu estava a dizer, é preciso
abrir todos os negócios e colocar a
 América de volta ao trabalho !»



Certidão de óbito por coronavírus
Trump: «Não, não, não, eu disse
aasinatura «nos cheques de estimulo»

(ter em conta que Trump forçou que os
 cheques a serem entregues a cada
cidadão levassem a sua assinatura)



-« sim. governador, eu tenho 30.000 ventiladores
para si ... mas não posso enviá-los até pôr neles
a assinatura do Presidente...»

Vítima do Covid 19

In memoriam
de
Luís Sepúlveda
(1949-2020)

Morreu um escritor talentoso e um antigo e apaixonado combatente da Unidade Popular do Chile. «o tempo das cerejas» publicou em 2019, por ocasião do 11 de Setembro, extractos do seu belo artigo «Memorial de los Dias Felices» (de 2003) que agora se reproduzem de novo.

«(...) A treinta años del crimen, hay miserables que interpretan el suicidio de Allende como una derrota. No entienden las razones de un hombre leal, que en el fragor del combate entendió que su último sacrificio evitaría a su pueblo la máxima de las humillaciones; ver a su dirigente, a su líder, encadenado y a merced de los tiranos.

Queridas compañeras, queridos Compañeros: no hay honor más grande que el haber sido compañeros de lucha y de sueños de un hombre como Salvador Allende. No hay orgullo mayor que esos mil días liderados por el Compañero Presidente.

No somos víctimas ni del destino ni de la ira de un dios enloquecido. La historia oficial, la mentira como razón de Estado nos presenta como a responsables de un crimen que, cada vez que intentan explicar, las palabras huyen de sus bocas pues no quieren ser parte del vocabulario de la vergüenza. Si nuestro intento por hacer de Chile un país justo, feliz y digno nos hace culpables, entonces asumimos la culpa con orgullo. La cárcel, la tortura, las desapariciones, el robo, el exilio, el no tener un país al que volver, el dolor, si todo eso era el precio a pagar por nuestro esfuerzo justiciero, entonces sépase que lo hemos pagado con el orgullo de los que no renunciaron a su dignidad, de los que resistieron en los interrogatorios, de los que murieron en el exilio, de los que regresaron a luchar contra la dictadura, de los que todavía sueñan y se organizan, de los que no participan de la farsa pseudo democrática de los administradores del legado de la dictadura.

Junto a Salvador Allende fuimos protagonistas de los mil días más plenos, bellos e intensos de la historia de Chile. Sobre nosotros dejaron caer todo el horror, pero no consiguieron ni conseguirán borrar de nuestros corazones el Memorial de los Años más Felices.

Cuando en los momentos más duros de nuestros mil días, la provocación del fascismo, de la derecha, del imperialismo yanqui, hacía que la ira se instalara peligrosamente en nuestros ánimos, el Compañero Presidente nos aconsejaba: "Vayan a sus casas, besen a sus mujeres, acaricien a sus hijos". Ahora, a treinta años de la gran traición, que la cercanía de los nuestros, que el recuerdo de los que nos faltan, y el orgullo de todo lo que hicimos sean los grandes convocantes de lo que debemos recordar. Que las palabras Compañera y Compañero suenen como una caricia, y bebamos con orgullo el vino digno de las mujeres y los hombres que lo dieron todo, que lo dieron todo y pensaron que no era suficiente.»


Agosto 2003

15 abril 2020

Valha-nos Deus

Uma sondagem que explica
 muita coisa sobre os EUA


«Metade dos americanos dizem que a Bíblia deve influenciar as leis dos EUA, incluindo 28% que acham que a Biblia deve prevalecer sobre a vontade do povo»

azul escuro  - grande influência
azul claro - alguma influência

14 abril 2020

Toda a atenção para o mundo do trabalho

Desarmados
face aos abusos

«Em Março houve 3000 denúncias à ACT, um aumento de 50% face a Fevereiro. Faltam carros, protecção e poder . “Não poderemos ajudar quem nos procura”, diz sindicato`( dos Inspectores do Trabalho,)
ler aqui 

A propósito de qualquer coisa

El área de Italia más devastada por la Covid-19 es un gran polo industrial. No se declaró nunca zona roja debido a las presiones de los empresarios. El coste en vidas humanas ha sido catastrófico

«(...)¿Por qué no se hizo lo mismo en Val Seriana? Porque en este valle del río Serio se concentra uno de los polos industriales más importantes de Italia, y la patronal industrial presionó a todas las instituciones para evitar cerrar sus fábricas y perder dinero. Y así, por increíble que parezca, la zona con más muertos por coronavirus por habitante de Italia –y de Europa– nunca ha sido declarada zona roja, a pesar del estupor de los alcaldes que lo reclamaban, y de los ciudadanos, que ahora exigen responsabilidades. Los médicos de cabecera de la Val Seriana son los primeros en hablar claro: si se hubiera declarado zona roja, como aconsejaban todos los expertos, se habrían salvado centenares de personas, aseguran, impotentes. 
La historia es aún más turbia: quienes tienen intereses en mantener las fábricas abiertas son, en algunos casos, los mismos que tienen intereses en las clínicas privadas. La Lombardía es la región italiana que más representa el modelo de mercantilización de la sanidad y ha sido víctima de un sistema corrupto a gran escala liderado por el que fue su gobernador durante 18 años (del 1995 al 2013), Roberto Formigoni, miembro destacado de Comunión y Liberación (CyL). Era del partido de Berlusconi, quien le definía como “gobernador vitalicio de la Lombardía”, pero contó siempre con el apoyo de la Liga, que gobierna la región desde que Formigoni se fue, acusado –y luego condenado– por corrupción en la sanidad. Su sucesor, Roberto Maroni, inició en 2017 una reforma de la sanidad que recortó aún más las inversiones en la pública y que prácticamente ha abolido la figura del médico de familia, sustituyéndolo por la del “gestor”. “Es verdad, en los próximos 5 años desaparecerán 45.000 médicos de cabecera, pero ¿quién va todavía al médico de cabecera?”, dijo impertérrito en agosto del año pasado el político de la Liga Giancarlo Giorgetti, entonces vicesecretario de Estado del Gobierno Conte-Salvini.(...)»
mais aqui

13 abril 2020

Algo não está bem

Notícia sobre o aumento
 do custo de vida em pandemia

Apesar disto, desconfio que a taxa oficial de inflação em Abril vai ser baixa, como de costume. Acreditará quem quiser.

Os novos vira-casacas

Os surpreendentes
efeitos da pandemia

«Inacreditável, mas verdadeiro: Soberanismo, o fim da austeridade: quando o Covid-19 transforma Glucksmann, Dati e Bertrand em "coronaconvertidos"»

«Outrora defensores da União Europeia, do fim das fronteiras ou ainda da austeridade descabelada Raphael Glucksmann, Xavier Bertrand ou ainda Rachida Dati parecem, diante da crise, ter virado a casaca. É uma consequência  constrangedora da epidemia de coronavírus: os longos dias passados enclausurados dentro das paredes das suas casas oferecem um espaço propício  à reflexão e ao questionamento. Entre alguns responsáveis políticos, o confinamento  parece ter perturbado as certezas mais entrincheiradas. Até no Palácio do Eliseu, onde o presidente Emmanuel Macron de repente redescobriu as virtudes do Estado face aos acontecimentos. Mas não só: nos últimos dias, tanto à direita quanto à esquerda, vacilou seriamente a defesa de dogmas que, contra ventos e marés,  se pensava serem inultrapassáveis.. ».

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12 abril 2020

Da boca para fora

A senhora 
não se enxerga

É certo que a senhora é medica mas isso não faz dela uma autoridade em matéria de Covid-19. E, acima de tudo, é presidente da Comissão Europeia o que a devia levar a medir as palavras.  Os idosos que estão confinados dispensam um susto deste tamanho.

10 abril 2020

Bem o topamos

Hoje, mensagem pascal
de um Presidente
sempre em bicos de pés



Está visto : não é só Israel que tem dois primeiros-ministros.

Sábias palavras


A pandemia nos media

António Guerreiro no «Ipsilon» do «Público» : «Nestes tempos de virulência, coube a um certo jornalismo (sobretudo, mas não exclusivamente, aquele praticado entre nós pelos vários canais de televisão) assumir um papel de vanguarda na lógica viral. “O pior ainda está por vir”, dizia há dias um apresentador de um jornal televisivo ao introduzir uma reportagem sobre os efeitos do Covid-19 em Nova Iorque. Dia após dia, a volúpia do pior apoderou-se desta vanguarda jornalística que vive o seu grande momento :  aquele em que lhe é dado fazer o relato dos últimos dias da humanidade. O andamento destas peças jornalísticas em modo repetitivo estão codificados:  começam em andamento grave, alternando às vezes, nos melhores dias com um allegro ma non troppo, passam depois para um adagio e acabam num  allegricissimo com a exibição de divertidos videos domésticos  de gente confinada mas bem humorada. (...) Devemos recear que as decisões políticas sejam muito mais determinadas por esta virulência jornalística do que peka ciência.»


09 abril 2020

Intermezzo

Um video(*) sobre as
 "alegrias" do confinamento

(*)Aqui aos 51.30 m. um video escolhido
por Ana Drago para o programa
«O Outro Lado» da RTP/3