28 julho 2018

27 julho 2018


7º episódio da série «Nâo há dinheiro»


«Talvez inspirados por este parágrafo, junto                   o com dois colegas – Ana Gouveia, do Banco de Portugal, e Miguel Ferreira, da Nova School of Business and Economics – decidimos analisar os efeitos deste regime fiscal. Num gesto invulgarmente transparente em Portugal, a Autoridade Tributária disponibiliza no seu site uma lista das empresas com benefícios fiscais acima de 1000 euros, para os anos de 2010 a 2016 –  uma folha de Excel por ano, com uma linha por beneficiário. Cara leitora e caro leitor, peço-lhe paciência para os dois parágrafos que se seguem.
Em 2010, houve 183 empresas que receberam mais de 1000 euros, totalizando cerca de 37,5 milhões. Imaginamos 183 pequenas e médias empresas do país, com ajuda para melhorarem equipamento, comprarem um terreno, adquirirem uma patente. Desenganemo-nos! Destes 37,5 milhões, pouco mais de 29 foram para apenas nove empresas: Bosch Security Systems, Efacec, Secil, Lusitaniagás, Bosch Car Multimédia, Vodafone, Zon, Portugal Telecom e Portucel. Juntando as duas irmãs Bosch, concluímos que apenas a Efacec obteve menos de um milhão, indo o óscar para a Portucel, com 10,5 milhões de crédito fiscal.


Podemos pensar que isto aconteceu porque, estando o programa no seu início, as empresas de menor dimensão ainda não tinham percebido as suas potencialidades. Mas não. Em 2011, o total de apoios baixou ligeiramente, para cerca de 32 milhões, dividido por 242 empresas, com cerca de 24 milhões concentrados em 11, com bis para Lusitaniagás, Efacec, Zon, PT, estreia para Vodafone, Mabor Pneus e Corticeira Amorim e a Portucel a ser, de novo, a maior beneficiária. Em 2012, de 34,5 milhões distribuídos por 317 empresas, 22,5 vão para 14. Voltamos a encontrar Bosch, Zon, Corticeira Amorim, Mabor, Zon e Vodafone. De novo, a Portucel fica com o maior apoio. Nos anos seguintes, o total de benefícios aumentou, o que não é de estranhar, dado que o país começava a ultrapassar o  pior período da crise.2016, há 1877 beneficiárias, com 133 milhões de euros de apoio ao investimento. Sem surpresa, cerca de um terço do montante foi para apenas 15 empresas: a Nos (no lugar da Zon), a Corticeira Amorim, a Bosch e a Mabor voltam a estar na lista de contemplados. Já agora, para o caso de estar admirada pela ausência de um dos suspeitos do costume, a EDP foi a empresa que mais beneficiou deste apoio fiscal, com um total de 50 milhões de euros entre 2013 e 2015. Segue-se a Portucel, com 35 milhões de euros ao longo dos anos.         (...)                                                                                                                                                               Suzana Peralta no Público de ontem                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           
                                                                                                             

24 julho 2018

23 julho 2018

Intermezzo para o seu domingo

  Sílvia    Pérez  Cruz
  e  Rocio  Molina


18 julho 2018

O bonzo-mor não nos deixa em paz

Coitadinho ! 

No «Público» de hoje , cinco-páginas-cinco para celebrar os 41 anos da Lei Barreto, com largas fantasias à mistura por parte do bonzo. Quanto ao mais, só dizer que nas cinco páginas não coube qualquer voz dissonante da de Barreto.

14 julho 2018

Porque hoje é sábado


Rodney Crowell



A sugestao musical deste sábado vai para o cantor norte americano Rodney Crowell


13 julho 2018

Foi feita justiça

Trump recebido
em ombros em Londres




12 julho 2018

Bonito trabalho


Um péssimo tiro de partida 
para mais tarde recordar

10 julho 2018

07 julho 2018

Porque hoje é sábado ( )

Luluc
A sugestão musical deste sábado vai para o duo folk australiano Luluc e o seu novo álbum «Sculptor».

ouvir aqui

06 julho 2018

Pois, valores mais altos se levantam

Quando PSD e CDS
deixam de ser oposição


 Público online

05 julho 2018

Não, não somos todos Centeno

Também é Ministro
das Finanças de Portugal

 

 jornal «i»

04 julho 2018

Conclusão em modo Bonifácio

Se Álvaro Cunhal não
comia febras de porco
com as mãos, então tinha
espírito de classe dos ricos





«(...) Poucos conceitos serão tão hipócritas como o de "opção de classe", para não me demorar  no intrínseco absurdo  de que a expressão enferma. Nascemos numa classe social, como nascemos num determinado país, região ou cidade.  Não se muda de classe por "opção" como quem muda de casaco.» (...)» Um Cunhal a comer febras de porco com as mãos saberá sempre a esforço e a falso.  Um Soares a viver num T3 na Amadora  chega a ser impensável. De Mitterand então, nem se fala. E por aí fora,milhares de exemplos possíveis.  No entanto. tudo isto é tido como natural e aceitável. Não por mim».

Depois desta prosa épica de Fátima Bonifácio no «Público» de hoje, fica-me sobretudo uma incómoda, desestabilizadora e dilacerante pergunta: Jerónimo de Sousa comerá febras de porco com as mãos ?



Um livro estrangeiro por semana ( )

A Russian Journal

Capa dura 39,99 $
«John Steinbeck and acclaimed war photographer, Robert Capa ventured into the Soviet Union to report for the New York Herald Tribune. This rare opportunity took the famous travellers not only to Moscow and Stalingrad - now Volgograd - but through the countryside of the Ukraine and the Caucasus. A RUSSIAN JOURNAL is the distillation of their journey and remains a remarkable memoir and unique historical document. Steinbeck and Capa recorded the grim realities of factory workers, government clerks, and peasants, as they emerged from the rubble of World War II. This is an intimate glimpses of two artists at the height of their powers, answering their need to document human struggle.»

Ler texto de José Riço Direitinho no «Público»