30 abril 2014

O assalto continua ou...

... peço desculpa por
este erro de paginação










Na verdade, as quatro imagens acima deviam estar no fim e a que vem a seguir é que devia ter entrado no topo do post mas o estupor do blogger.com, certamente subornado pelos comunistas,  recusou-se a fazer a alteração.


A crise como pretexto ou...

... afinal eles acreditam na
luta de  classes e praticam-na
afincadamente

Jornal de Negócios

NRA ou...

... saiba mais sobre uma famosa
organização caritativa dos EUA



Como se pode ver pela imagem acima foi na Convenção anual da NRA- National Riffle Association que Sarah Palin fez a cristianíssima afirmação que também está aí em cima. Contrariamente ao que dizem os liberais norte-americanos e os esquerdistas europeus, a National Riffle Association está longe de ser o mais poderoso lobby reaccionário de defesa do uso e posse quase ilimitado de armas de fogo  (incluindo de assalto), tratando-se antes de uma organização caritativa especialmente dedicada aos negros e hispânicos pobres. O Pew Research Center oferece-nos 5 factos sobre essa prestimosa associação benemerente.



29 abril 2014

Pare, olhe e pense

Que pena os ministros
já não serem crianças !


Público
JN
Recordo timidamente que formas de contratação colectiva já haviam sido conquistadas pelos trabalhadores durante o fascismo.

«i»

Abril e a BD

Hoje, às 21 hs. no Centro
Nacional de Banda Desenhada
(Amadora)


Estão confirmadas as presenças dos artistas António Pilar, Carlos Barradas, Carlos Zingaro, Pedro Massano e Victor Mesquita e a  participação musical de Francisco Fanhais. Na Avenida do Brasil, 22.- Amadora.

28 abril 2014

Há 10 anos

As primeiras revelações
sobre a tortura em Abu Ghraib




aqui

E a megera
(a tal que estava muito preparada para
política internacional porque
do Alasca via a Rússia)

ainda fala assim:



 



aqui

Façamos de conta

Não aconteceu mas
podia ter acontecido...
(?)

Não fosse o triste falecimento de Vasco Graça Moura (ideias políticas à parte, uma grande figura da cultura portuguesa) e justo destaque que o infausto acontecimento tem hoje na 1ª página do Público e talvez tivessemos hoje uma capa assim...

27 abril 2014

Um "Eixo do Mal" sobre os 40 anos de Abril ou...

... um caso notório de
preconceito e discriminação



O programa "Eixo do Mal" da SIC Notícias foi ontem transmitido com uma edição especial de duas horas sobre os 40 anos do 25 de Abril, com uma larga e tocante quantidade cravos nas lapelas e em cima da mesa, e  em que, além dos cinco participantes residentes, participaram como convidados Ana Gomes, Helena Roseta, Manuel João Vieira, o Coronel Matos Gomes, Isabel do Carmo, o Padre Vaz Pinto e Ângelo Correia.

Nada tenho contra a presença de nenhuma destas personalidades convidadas e até posso admitir que, cada um a seu modo, tenham prestado depoimentos com interesse televisivo.

Agora o que me espanta (é uma maneira de dizer porque na verdade isto já pouco me espanta vindo mesmo de pessoas que são responsáveis pelo programa) é que de um programa com esta temática estivesse ausente ou fosse excluída qualquer personalidade comunista, tanto mais que seria de prever - e foi o que aconteceu -, que referências de diverso tipo - algumas bastante hostis - aos comunistas e ao PCP foram coisas que não faltaram.

Por mera precaução e hipótese,  até pondero que possam ter convidade algum comunista que, por isto ou aquilo, tenha recusado o convite. Mas a isso respondo: procuraram manifestamente pouco. E,  tudo visto, só deixo uma pergunta: 40 anos passados sobre o 25 de Abril, que se passa na cabeça de pessoas que nos aparecem como democratas da mais fina gema ?


26 abril 2014

Há exactamente 40 anos

Um irrepetível brilho nos olhos

Sim, exactamente há 40 anos, os presos políticos em Caxias não conquistavam ainda a liberdade total (que só chegaria à primeira hora de dia 27) mas puderam sair em conjunto para o pátio da prisão, abraçarem-se e falarem com alguns jornalistas e democratas como o José João Louro ou o Andrade Santos. Seguir-se-ia nessa tarde a batalha para conseguir a libertação de todos os presos face à atitude dos círculos spinolistas que pretendiam distinguir entre presos políticos e autores de acções terroristas. E, a este respeito, llembro-me como se fosse hoje, que numa conversa através de uma porta de ferro com vidros com uma delegação da Comisssão de Socorro aos Presos Políticos, ter dito ao Prof. Pereira de Moura algo assim: « Senhor Professor, se achar bem, coloque aos militares a seguinte questão: eles que imaginem que o seu levantamento militar tinha sido derrotado e que, no seu decurso, eles tinham tido necessidade de fazer explodir um troço inicial da ponte de Vila Franca do que resultou a morte de dois civis que circulavam num automóvel. E pergunte- lhes então se, em tal caso, eles queriam ser julgados por crimes políticos ou por terrorismo e crimes de sangue».Nunca soube se o estimado  Prof. Pereira de Moura usou ou não o argumento mas, imodéstia à parte, creio que não estava mal desarrincado.

«O dia das surpresas»

A minha maior e única
vingança sobre a PIDE


Finalmente, encontro na primeira página do Diário de Lisboa de 27 de Abril de 1974 a fotografia que representa o meu único e exclusivo sentimento de vingança sobre a PIDE. A má qualidade da imagem não ajuda mas a verdade é que na foto original o olhar deste pide a ser levado para um camião dizia mais dfo que todas as palavras. A legenda do jornal  fala de «máscaras de medo e de terror» mas naqueles olhos o que eu sempre vi foi também espanto e incredulidade com a  chegada do «dia das surpresas» de que falava o poema de Saramago e que, sempre que levemente indiciado por qualquer preso, deixava os pides completamente fora de si. Só com isso, senti-me vingado para sempre.

Porque hoje é sábado (392)

Jessica Williams


A sugestão musical deste sábado incide
sobre a compositora e pianista de jazz
norte-americana Jessica Williams.



Paradise Love

All We Know 


Foolish

25 abril 2014

Reparem bem: 40-anos-40 depois !

Em Lisboa, uma
manifestação com uma
dimensão e convicção históricas !



Um desfile de mais de três horas
e que só terminou às 18,5o hs.

E espera-se que não venha nenhum  órgão de informação ou comentador dissolver estas manifestações populares de promoção unitária designadamente em Lisboa e Porto (mas não só) no panorama geral de comemorações. Porque é uma evidência que toda a gente conhece que, desde que foram criadas para aí, salvo erro, em 1978/79, estas manifestações são um território de preciso e singular significado e conteúdo políticos. E espero que me esteja a fazer entender. Em qualquer caso, para Passos Coelho e o pessoal do governo, posso sempre fazer um boneco.

Entretanto, Passos Coelho
resolveu meter a colher no dia
com esta tirada insolente que
revela bem o que lhe vai nas
meninges feitas de serradura
e reaccionarismo


Ficam portanto os portugueses a saber que, para o totó que é primeiro.ministro de Portugal, quem não for novo é bafio. De passagem, talvez convenha que Passos Coelho fique a saber que, nas manifestações de hoje, havia muitíssimos mais jovens do que alguma vez haverá na manifestação que nunca convocará de apoio ao seu governo. 


Adenda em 26/4 ou «les beaux esprits...»: Pacheco Pereira hoje no Público no final do seu artigo  «O  que cheirou a bafio no 25 de Abril»: «(...) Perderam a rua não porque o desejassem, - tenho a certeza que se pudessem fazer uma grande manifestação, ou mesmo uma pequena manifestação de apoio ao governo, certamente que a fariam. Mas não podem. Hoje, os partidos do poder não conseguiam mobilizar para uma rua qualquer nem quinhentas pessoas, puxando por todos os cordelinhos e os fundos largos à sua disposição».

Um honroso compromisso de vida

Hoje é o dia para, celebrando a
vitória de há 40 anos, afirmarmos
que continuaremos a lutar
pelas vitórias futuras


Entre muitas outras, esta é uma das fotos do 25 de Abril de que mais gosto. Foi muitas vezes utilizada em materiais do PCP e, se bem me lembro, no original era a cores e foi tirada da contracapa de uma revista italiana.


Quem já viu centenas de vezes esta imagem desta faixa «Liberdade» na manifestação do 1º de Maio de 1974 pode pensar que foi feita nas vésperas para esse dia histórico. Não é assim: já tinha sido usada na «campanha eleitoral» da CDE de Lisboa em Outubro de 1973 e foi seu autor um artista democrata, salvo erro residente em Campolide, chamado Kempf.

24 abril 2014

Palavras da 1ª candidata do PSOE ao PE

Estes socialistas espanhóis
também são jeitosos



Não, não é ficção científica

Também contra isto e por um
sobressalto de dignidade nacional,
amanhã todos nas ruas ainda
e sempre por Abril



DN

23 abril 2014

E mais não digo

Olhe que não, olhe que não,
estimado António Guerreiro


«As comemorações dos quarenta anos do 25 de Abril, as oficiais e as não oficiais, as da esquerda, as do centro e as da direita, são completamente inócuas, politicamente anestesiadas, de um conformismo idiota que serve sem a mínima reserva a reificação do passado. Por elas, não passa nem uma ligeira brisa de pensamento. Tudo desertou, ficou apenas o palco vazio de uma ideia.»- António Guerreiro no Ipsilon de  18 de Abril.

A este respeito, eu podia lembrar que, há 20 anos, eu senti a necessidade de escrever no Avante! um longo artigo espadeirando contra a campanha então surgida (e até bastante animada pelo então PR) contra a alegada «rotina» e os alegados «rituais» das comemorações do 25 de Abril que, segundo alguns então diziam, estavam à beira de se aproximar das comemorações e romagens do 5 de Outubro sob o fascismo. E hoje, olhando o panorama geral das comemorações e sobretudo as linhas de força que importante parte delas expressam, não sinto apesar de tudo essa necessidade.

Eu podia lembrar que a Itália em 1945 também teve o seu 25 de Abril, ou seja a Libertação e uma libertação amassada em dezenas de milhares de antifascistas fuzilados e centenas de milhar em armas e, em 1985, as comemorações daquela grande data naquele país já não tinham metade da expressão que os 40 anos do nosso 25 de Abril estão a ter e vão ter.

Enfim, podia lembrar e argumentar muita coisa. Mas prefiro só deixar registado que aquela frase de António Guerreiro só pode ter sido escrita num ambiente momentâneo de torre de marfim e que é particularmente injusta para com aqueles muitíssimos milhares de portugueses e centenas de entidades que vão comemorar os 40 anos do 25 de Abril, não como uma «reificação do passado» mas como um corpo vivo de valores, ideais, esperanças e energias insubmissas e combativas para, assumidamente pela esquerda, ultrapassar a dramática situação do país.



Tempo de lembrar a verdade

Esta imprensa
sensacionalista é muito ingrata


Francamente, já não há paciência para esta imprensa sensacionalista e demagógica que faz manchetes por causa de uns tostões e se esquece sempre que foi graças aos dois submarinos, sob o comando do Almirante Portas, que em Maio de 2011, ao largo das Berlengas, Portugal derrotou a Armada do FMI que pretendia ocupar e subjugar a nossa ditosa Pátria.

"Post-it" para eleições de 25 de Maio

Grilhetas para durar ou
a suprema treta da saída da troika





21 abril 2014

Marquês de Pombal, ontem à noite

Tanto vermelho, era a
revolução e não me avisaram ?


(nada de confusões, parabéns ao pessoal da águia)

20 abril 2014

E de repente...

... mestre Cartola
na voz de Beth de Carvalho


O Mundo é um Moinho

Lembrando que nada começou ontem

Há 100 anos, o massacre
de Ludlow, Colorado, EUA




Comrade, after battle, rescuing
body of slain miner
Photo shows events relating to the Ludlow Massacre, during which a tent camp of striking miners at Ludlow Colorado was attacked by the Colorado National Guard on April 20, 1914. (Source: Flickr Commons project, 2010)
«Après plusieurs mois de grève sur ce site du Colorado appartenant 
à Rockefeller, la garde nationale et des nervis payés par les patrons de 
la mine attaquent le camp retranché des mineurs. Une des plus violentes luttes entre les travailleurs et le capital dans l’histoire des États-Unis.
C’était un matin d’avril, un lendemain de Pâques, cette fête que célébraient nombre des immigrés grecs de Ludlow (Colorado). Trois membres de la garde nationale étaient venus ordonner la libération d’un homme prétendument retenu contre son gré. Louis Tikas, le responsable du camp, s’était alors rendu à la gare, distante d’un kilomètre, afin de rencontrer le commandant du détachement. Pendant leur rencontre, deux compagnies installèrent des canons sur une crête dominant le camp de mineurs. Tikas sentit le coup fourré et retourna auprès des siens. Le feu fut déclenché peu après.
La bataille dura toute la journée. Des gardes sans uniforme, payés par les patrons de la mine, vinrent renforcer les miliciens du lieutenant Karl Linderfelt. Alors que le soleil se couchait, le passage d’un train permit à un certain nombre de mineurs de prendre la fuite. Quelques minutes plus tard, la soldatesque s’empara du camp. Louis Tikas fut arrêté en compagnie de deux autres mineurs. Son corps fut retrouvé le long de la ligne de chemin de fer. Il avait été abattu dans le dos. Sa dépouille resta trois jours de suite à la vue de tous, passagers des trains qui circulaient et résidents. Il fallait faire un exemple. Avec le leader syndicaliste, deux femmes, douze enfants, cinq mineurs et syndicalistes et un garde furent tués ce 20 avril 1914 à Ludlow, terme, selon Howard Zinn, de l’une 
des « plus amères et violentes luttes entre les travailleurs et le capital dans l’histoire de ce pays ».
Ludlow Massacre
Words and Music by Woody Guthrie
It was early springtime when the strike was on,
They drove us miners out of doors,
Out from the houses that the Company owned,
We moved into tents up at old Ludlow.

I was worried bad about my children,
Soldiers guarding the railroad bridge,
Every once in a while a bullet would fly,
Kick up gravel under my feet.

We were so afraid you would kill our children,
We dug us a cave that was seven foot deep,
Carried our young ones and pregnant women
Down inside the cave to sleep.

That very night your soldiers waited,
Until all us miners were asleep,
You snuck around our little tent town,
Soaked our tents with your kerosene.

You struck a match and in the blaze that started,
You pulled the triggers of your gatling guns,
I made a run for the children but the fire wall stopped me.
Thirteen children died from your guns.

I carried my blanket to a wire fence corner,
Watched the fire till the blaze died down,
I helped some people drag their belongings,
While your bullets killed us all around.

I never will forget the look on the faces
Of the men and women that awful day,
When we stood around to preach their funerals,
And lay the corpses of the dead away.

We told the Colorado Governor to call the President,
Tell him to call off his National Guard,
But the National Guard belonged to the Governor,
So he didn't try so very hard.

Our women from Trinidad they hauled some potatoes,
Up to Walsenburg in a little cart,
They sold their potatoes and brought some guns back,
And they put a gun in every hand.

The state soldiers jumped us in a wire fence corners,
They did not know we had these guns,
And the Red-neck Miners mowed down these troopers,
You should have seen those poor boys run.

We took some cement and walled that cave up,
Where you killed these thirteen children inside,
I said, "God bless the Mine Workers' Union,"
And then I hung my head and cried
.

Links


19 abril 2014

Porque hoje é sábado (391)

Rodney Crowell


O destaque musical deste sábado
vai para o cantor country
norte-americano Rodney Crowell.










The Long Journey Home

Cabelo e barba em Caxias

Parece-me que aqui



À minha esquerda, Eugénio Ruivo e o saudoso Gorjão Duarte e, de camisola branca, talvez Álvaro Pato. Os que se lembram de mim quando fui preso, poderão reparar que os meus cabelos até aos ombros já tinham ido à vida. A foto não mostra mas entretanto conservava uma barba enorme agora desproporcionada em relação ao tamanho do cabelo. Quando chamei a atenção do barbeiro da cadeia para essa desproporção, respondeu-me secamente que estava ali «para cortar cabelos e não para aparar barbas». Os leitores não estranhem este dialógo prisional tão fútil sobre a minha imagem no sinistro ambiente de Caxias. Eu tinha sido preso acidentalmente, não estava denunciado como militante do PCP, não tinha sido torturado e estava quase certo de que seria libertado depois do 1º de Maio.

18 abril 2014

A 18 de Abril de 1974


Aqui no Expresso com curtos depoimentos em vídeo de Rosa Redondo, Fernando Penim Redondo, José Manuel Tengarrinha, Sérgio Ribeiro, Helena Neves e Fernando Correia.

(Outros presos em 18 de Abril de 1974: Albano Lima, Mário Ventura Henriques, Figueiredo Filipe, Vítor Mateus Branco,  Joaquim Gorjão Duarte,  Orlando Bernardino Gonçalves,  Mário Sena Lopes, António Manso Pinheiro [lista provavelmente incompleta]).

Para além da posterior circulação oral de informação sobre os nomes de quem tinha sido preso, recordo que os primeiros nomes que soube foi graças a um jovem guarda prisional que, em repetido "engano" me levava um saco de plástico (roupas ou alimentos enviados familiares) com um papel agrafado com o nome de um destes presos a 18 de Abril. Tive pena de, na confusão da libertação, nunca lhe ter podido agradecer.