13 janeiro 2017

Surfando a onda revisionista ?

Onde quer Assis chegar ?


No Público de ontem, em mais um artigo de homenagem a Mário Soares, escreveu Francisco Assis:


«Recuemos até aos anos sessenta, período marcado, do ponto de vista da contestação ao regime anterior, pela posição quase hegemónica do PC e por dois momentos de convulsão estudantil muito influenciados por vários movimentos sociais de natureza esquerdista [???]».

Parecendo-me óbio que Francisco Assis se refere à crise académica de 1962 e à crise académica de 1969 em Coimbra mas não querendo desatar à espadeirada com base em presunções ou processos de intenção, haverá alguém dessa época (que também é minha) que me ajude a deslindar onde é que Assis quer realmente chegar ?

Adenda em 14.1.2017

Certamente porque este post era demasiado confuso ou elíptico, não houve grandes ajudas nem aqui nem no Facebook. Assim sendo, o melhor é mesmo deixar-me de delicadezas e dizer o que penso sobre esta passagem de F. Assis.
Com efeito, referindo-se aos «anos sessenta» e a «dois momentos de convulsão estudantil» (que, quanto a mim, só podem as crises académicas de 1962 e de 1969), talvez para desmerecer o papel fundamental de uma corrente política, Francisco Assis pura e simplesmente inventou vários movimentos sociais de natureza esquerdista que muito teriam influenciado esses dois momentos de conulsão estudantil.

1 comentário:

  1. Cisco Assis tem de si próprio um elevadíssimo conceito, homem clarividente que no entanto se baralha com as palavras, enredando-se nelas. Igual a si próprio, é evidente que na presente carreira de palavras Assis procura ganhar "autoridade" tentando abrigar-se com a sombra e com a "herança" de Soares para se estribar no seu anti comunismo militante contra a solução do PS/Costa. Com efeito o relambório pseudo-histórico ciscassiano não é senão uma catilinária contra a viabilização do Governo do PS na AR e a defesa desta "Europa" do Capital, a todo o custo. A talhe de foice, o futuro "filósofo" em 1969 tinha apenas 4 anitos de idade, ficando-nos a dúvida em que movimento estudantil militaria e para que jornal/revista escreveria se tivesse nascido uns viçosos aninhos antes. Porque também os havia de direita e fascistas, contra os quais e contra o Governo de Salazar/Caetano lutavam o movimento associativo estudantil e também o PCP.

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