11 dezembro 2016

Com atraso mas ainda a tempo

Este tipo é
mesmo desprezível




Há coisas que, de tal modo impossíveis de verificar, provar ou comprovar, nunca deviam ser trazidas ao discurso político de alguém. Sim, como é evidente, eu não posso jurar que nenhum comunista, na  de 4 de Dezembro de 1980,  tenha pedido num balcão qualquer um brandy ou um bagaço para celebrar a morte de Sá Carneiro. Assim, como Passos Coelho, não pode garantir, que nenhum membro do PSD, quando  morreu Álvaro Cunhal, não tenha no remanso do lar ou fora dele aberto uma garrafa de champanhe. Isto devia ser evidente para qualquer pessoas decente mas, pelos vistos, não é manifesta e repetidamente o caso de Pedro Passos Coelho.
 
E, pronto, a pensar nos mais novos, e quanto a inventados «festejos comunistas», só quero lembrar que três dias depois se realizavam eleições presidenciais de 1980 cuja disputa  estava dramaticamente centrada entre o gen. Soares Carneiro (apoiado pelo PSD e CDS) e o gen. Ramalho Eanes (apoiado pelo PS, mas não por Mário Soares, e pelo PCP.
 
Só quero lembrar que todas as atenções do PCP e dos comunistas estavam  naturalmente absorvidas pelo temor dos eventuais efeitos daquele trágico acontecimento na votação de domingo seguinte, sobretudo tendo em conta que a RTP dirigida por Proença de Carvalho dedicou um directo de mais de seis horas aos funerais de Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa no dia 6 de Dezembro, dia de reflexão e véspera da votação .

3 comentários:

  1. O rapazito está desesperado, pois já vê a "matilha" a chegar-lhe às canelas. Nunca tão depressa se viu o vazio intelectual num dirigente político, incapaz de delinear qualquer táctica que os leve ao desígnio perseguido, o enterrar da Constituição de Abril, já mutilada mas ainda assim uma das mais avançadas desta Europa dos patrões da banca e das multinacionais. Ainda bem que tal "matilha" tem tais "vanguardas"!

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  2. Muito bem escrito e relembrado. O que teriam feito se Freitas do Amaral ganhasse? Pedro Passos Coelho deveria estar mais preocupado com esta notícia: «Pedro Passos Coelho vendeu a participação do Estado em três minas de diamantes angolanas à Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA), o que terá feito o Estado perder cerca de 30 milhões de euros.»

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  3. Pois ... A narrativa da queda do Cessna está cheia de buracos negros e de vez em quando lá ressurge a tese do "atentado", especialmente quando o PPD/PSD está envolvido nas suas guerras e guerrilhas internas e intestinais. Passes de Coelho qual (pre)vidente resolveu inovar em órgãos de "reverência".

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