28 setembro 2011

Não há direito !


Então não é que o defunto termo
ressuscitou
e logo nos EUA ?



Não há dúvida, como dizia o outro, o mundo está perigoso e cheio de surpresas que, de repente e vindas de quadranrtes inesperados, desmentem ou atiram por terra ladaínhas que nos são quotidianamente impingidas há décadas. Uma delas foi precisamente que a ideia de que as classes e a luta de classes eram expressões já há muito da esfera da arqueologia política e ideológica, só usadas ou sustentadas por uns empedernidos que, por fé, resistiam às gloriosas mudanças ocorridas no mundo, especialmente desde o ínicio da década de 90 do século passado.


Pois então, se não sabem, fiquem a saber que, creio com o impulso inicial dado pelas célebres declarações do multimilionário Buffett, termos como «luta de classes» ou «guerra de classes»(«class war» e «class warfare») são um dos musts do discurso político americano e povoam discursos de políticos (para diversas conveniências como se calcula e sobretudo usadas pelos que mais decretaram a morte de tais realidades), peças jornalistícas e artgos de opinião e até, como se pode ver abaixo, numerosos cartoons políticos.


Verdade seja que não me iludo: no final de 2008 e primeira metade de 2009 o termo «capitalismo» regressou em cheio aos jornais e revistas mandando passear o de «economia de mercado» mas pouco depois este último lá voltava a ganhar o seu hegemónico direito de cidade. E o mesmo vai acontecer daqui a uns tempos com estas súbitas referências à «class war».







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